EXES11 entra na lista de Fundos Imobiliários que enfrentam inadimplência em títulos
O FII Exes terá redução no dividendo a ser pago esta semana por conta de calote nos Certificados de Recebíveis Imobiliários da Companhia Província de Securitização

O Fundo Imobiliário Exes (EXES11) anunciou uma redução de cerca de R$ 0,35 por cota no valor do dividendo a ser pago na próxima sexta-feira (24) devido ao vencimento antecipado dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) da 43ª Série da 3ª Emissão da Companhia Província de Securitização.
O valor do dividendo relacionado aos rendimentos de fevereiro deve cair para um total de R$ 0,44 por cota. Em fevereiro, os 61 cotistas do fundo receberam R$ 0,93 por cota referente a janeiro.

O vencimento antecipado é uma condição contratual que antecipa a data do vencimento fixada da operação. Em algumas situações, a dívida é considerada vencida, o que possibilita ao credor exigir o cumprimento integral da obrigação.
De acordo com o comunicado publicado em conjunto pelo BTG Pactual e pela Exes, administrador e gestor do EXES11, o CRI com vencimento antecipado é lastreado em créditos emitidos por meio de 1ª Emissão de Debêntures da Ávida Construtora e Incorporadora.
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O CRI Ávida é garantido pela cessão fiduciária de recebíveis, alienação fiduciária de terrenos e aval dos sócios, ainda segundo o comunicado.
A Ávida Construtora e Incorporadora entrou com pedido de recuperação judicial em segredo de justiça.
O deferimento – aprovação pela justiça - foi em 27 de fevereiro, quando houve a retirada do sigilo do processo.
Em 2023, outros fundos enfrentaram problemas com devedores que atrasaram o pagamento das obrigações relacionadas a CRIs que compõem as carteiras de ativos.
No início de janeiro, o Fundo Imobiliário REC Recebíveis Imobiliários (RECR11) anunciou o vencimento antecipado dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Virgo Companhia de Securitização por descumprimento contratual.
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Em seguida, os Fundos Imobiliários JPP Capital Recebíveis Imobiliários (JPPA11) e Ourinvest JPP (OUJP11) receberam com atraso o pagamento da remuneração de fevereiro de 2023 pelos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da Ore Securitizadora.
Outro FII, o Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), tem sido alvo de polêmica nas últimas semanas após o atraso no pagamento de obrigações de títulos de CRI pelo devedor Shopping Circuito de Compras Feira da Madrugada, empreendimento construído na região do Brás, centro da capital paulista.
As obrigações referentes a janeiro e com vencimento em fevereiro só foram pagas em 8 de março com acréscimo de multas e encargos. O valor do pagamento não foi informado pela gestão do DEVA11.