Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) de papel continuam com melhor desempenho em 2025, com avanço de 7,9% em doze meses, de acordo com o RBIX, índice desenvolvido pela Rio Bravo. Enquanto isso, os fundos de tijolo registraram alta de 2,9%, e o benchmark do setor, o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), teve performance positiva de 4,7% no mesmo período.  Em junho, os fundos de papel apresentaram alta de 0,63%, enquanto os fundos de tijolo tiveram valorização de 0,4%.

Isabella Almeida, gestora de fundos da Rio Bravo, explica que os dois tipos de fundos têm características diferenciadas, incluindo risco, padrões de performance e perspectivas de retorno. Com o nível de juros elevado e resiliência da renda fixa, os fundos de papel atrelados majoritariamente a CRIs seguem beneficiados pela dinâmica de juros e inflação. Por outro lado, os fundos de tijolo passam por um momento de recuperação gradual da ocupação e do fluxo de consumidores, pois possuem exposição a ativos físicos como shoppings, galpões e edifícios corporativos.

“Os fundos de papel se beneficiam da alta da Selic, pois muitos dos seus ativos estão indexados ao CDI. De toda forma, esses títulos precisam ser bem avaliados, pois os devedores precisam conseguir arcar com suas obrigações”, destaca Almeida.

De acordo com a Rio Bravo, o índice de referência do setor apresentava um desconto de 14% no fechamento do mês, enquanto os fundos de tijolo estavam com desconto de 17% e os de papel de 9%. “Essa segregação também ajuda os investidores a detectar oportunidades, já que muitos fundos de tijolo de excelente qualidade ainda apresentam descontos excessivos. Há um potencial de upside maior nesse setor. Quem se posicionar hoje pode surfar ótimos resultados de longo prazo”, conclui.