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    Mercado Imobiliário

    Sudeste ainda domina, mas Nordeste marca presença entre as maiores praças logísticas do Brasil

    Ranking mostra as dez regiões com mais área logística do país — e revela que boa parte delas está quase totalmente ocupada

    Por SiiLA
    terça-feira, 5 de agosto de 2025 Atualizado 2 dias atrás

    O mercado brasileiro de condomínios logísticos soma atualmente 28,2 milhões m² de área - volume suficiente para armazenar toda a ilha de Fernando de Noronha. Desse total de metros quadrados, mais da metade (57,9%) está concentrada em apenas dez regiões, distribuídas por quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. Quase todas essas regiões monitoradas contam com estoques superiores a 1 milhão m², com exceção de Cabo de Santo Agostinho (PE), que aparece em décimo lugar com pouco mais de 960 mil m².

     

    Sudeste ainda domina, mas Nordeste marca presença entre as maiores praças logísticas do Brasil
    André Gavazza, diretor de desenvolvimento da GLP Brasil


    Nove das dez maiores regiões em volume de área logística apresentam taxas de vacância iguais ou inferiores a 12%, patamar geralmente considerado saudável pelo mercado. Ainda assim, é necessário analisar as características específicas de cada local. Para a GLP, uma das empresas com maior número de ativos nas dez maiores regiões, a razão de estar presente nelas é clara: a localização estratégica. Segundo André Gavazza, diretor de desenvolvimento da GLP Brasil, quanto mais próximos dos grandes centros e corredores logísticos, menores são os prazos e os custos para as operações de quem se instala nos empreendimentos.


    "Desde o início da atuação da GLP Brasil, em 2012, o nosso projeto de investimento sempre foi focado no desenvolvimento de parques logísticos localizados próximos aos grandes centros e com ótimo acesso aos modais de transportes, como São Paulo e Rio de Janeiro, onde hoje temos todo nosso portfólio", explica Gavazza.

     

    O top 10

     

    Por: Siila


    Cajamar lidera o ranking nacional em termos de área logística, com mais de 3 milhões m2 e taxa de vacância de 10,2%. Vizinha à capital paulista, a cidade se consolidou como um polo logístico por sua proximidade com as zonas Norte e Oeste da metrópole, além do fácil acesso às principais rodovias.


    Na segunda posição aparece Guarulhos, com 2,6 milhões m². Apesar de mais antiga, a região segue relevante por sua localização estratégica próxima à zona leste de São Paulo e ao Aeroporto Internacional. A taxa de vacância, no entanto, é uma das mais altas entre as dez maiores, 12,4%, reflexo do recente acréscimo de 364 mil m² ao estoque. O ranking segue com outras duas regiões paulistas: Jundiaí, em terceiro lugar, e Barueri, em quarto. A Região Metropolitana de Belo Horizonte é a primeira fora do eixo paulista a figurar na lista, ocupando a quinta colocação, com 1,33 milhão m² e vacância de 7,5%.


    O destaque de menor taxa de espaços vagos vai para Extrema (MG), que ocupa a sexta posição. A região apresentou 0% de vacância ao final do segundo trimestre de 2025, refletindo a forte demanda por ativos logísticos na divisa entre Minas Gerais e São Paulo. Na sétima posição aparece Campinas (SP), seguida por Duque de Caxias (RJ), principal polo logístico fluminense, com pouco mais de 1 milhão de metros quadrados. Cortada por importantes vias, como a Rodovia Washington Luiz, e próxima ao Arco Metropolitano, a região apresenta uma das menores taxas de vacância entre as dez primeiras colocadas: apenas 3%.


    Em nono lugar está Embu (SP), também próximo à capital. Diferentemente das demais regiões, Embu é a única entre as maiores com vacância acima de 12%, registrando 17,56%, sendo um outliner negativo para o top 10. Fechando a lista, Cabo de Santo Agostinho (PE) se destaca como a única representante do Nordeste. Com um estoque de 963 mil m², a cidade concentra boa parte da oferta logística da Região Metropolitana do Recife. A vacância, de 7,3%, indica relativa estabilidade e potencial para novos empreendimentos - especialmente diante da expansão do e-commerce e da relevância do Porto de Suape para a logística regional.

     

    Mercado Livre é o campeão de área nas maiores regiões logísticas do país


    Apenas no segundo trimestre de 2025, os dez maiores mercados, juntos, registraram 969.8 mil m² de absorção bruta. Números puxados pelo Mercado Livre, que locou 105 mil m² ao longo do 2o trimestre de 2025 nas regiões analisadas. A empresa de e-commerce é hoje a maior ocupante entre as dez principais regiões, com 1,38 milhão m² - área superior ao estoque de regiões inteiras como Região Metropolitana de Belo Horizonte, Extrema, Campinas, Duque de Caxias, Embu e Cabo de Santo Agostinho. Considerando o mercado nacional, a ocupação do Mercado Livre chega a 1,76 milhão m2, indicam os dados da plataforma Market Analytics, da SiiLA.


    Segundo Rafael Picerni, especialista de pesquisa e estratégia da JLL, esse aumento não é exclusivo do Mercado Livre, mas sim de todo o segmento de varejo e e-commerce. "O crescimento da demanda por empresas do segmento de varejo e e-commerce nos últimos anos tem sido um dos principais motivos para o aumento do interesse no desenvolvimento de novos galpões em regiões menos consolidadas, visto que a taxa de vacância está baixa em quase todos os estados brasileiros. Uma parte considerável do novo estoque tem sido entregue com pré-locações ou BTS, evidenciando que a demanda continua alta no país", conta ao REsource. Picerni também fala que é necessário analisar a dinâmica de desenvolvimento urbano de cada localidade, se atentando às questões de zoneamento e às licenças ambientais necessárias.


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