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    Mercado Imobiliário

    Ofensiva da TEMU no Brasil: gamificação ao local-para-local

    Com pouco mais de um ano de operação, varejista chinesa já é segundo maior e-commerce do país

    Por SiiLA
    segunda-feira, 6 de outubro de 2025 Atualizado 2 dias atrás

    O mercado de e-commerce cresce a cada dia. O Mercado Livre, por exemplo, é o maior ocupante de metros quadrados do Brasil e uma peça fundamental no mercado de condomínios logísticos. Outros grandes players também fazem parte do ecossistema logístico brasileiro, como Shopee, Shein e, mais recentemente, TEMU. Como uma das principais varejistas da China, a TEMU iniciou uma expansão global e chegou ao Brasil em junho de 2024. Hoje, pouco mais de um ano depois, a empresa já é o segundo maior e- commerce do país, atrás apenas do Mercado Livre, segundo dados do relatório Setores do E- commerce no Brasil, da Conversion.


    Os dados da Conversion mostram que o aplicativo superou a Shopee em abril deste ano e chegou a ultrapassar o Mercado Livre em julho, no quesito visitas mensais. A popularização não é à toa. Sob uma estratégia agressiva de gamificação - processo que utiliza elementos típicos de jogos na experiência de compra, premiando o usuário com promoções e pontos -, a TEMU se tornou sinônimo de comércio eletrônico, mesmo sem nenhuma operação física no Brasil.


    Onde está a TEMU?


    A TEMU pertence ao grupo PDD Holdings, um conglomerado multinacional que registrou lucro líquido de US$ 4,29 bilhões e receita de US$ 14,51 bilhões no segundo trimestre de 2025. No Brasil, a TEMU é representada pela Whaleco Brasil, registrada sob um endereço fiscal em um coworking na Avenida Paulista. Apesar disso, a companhia não loca diretamente galpões ou escritórios.

     

    Esse padrão é internacional: a companhia chinesa não atua de forma direta em suas operações, mas as terceiriza por meio de operadores logísticos. Segundo a própria plataforma, as entregas são realizadas pelos Correios e pela Anjun Express.

     

    Terceirização de operações


    A TEMU não é a única empresa que adota esse modelo. A Adidas, por exemplo, utiliza o Cy.Log Modal Extrema como centro de distribuição, mas o empreendimento é locado e operado pela DHL Express. A varejista alemã de roupas esportivas chegou a ocupar um imóvel em São Paulo, mas desistiu da operação própria e passou a terceirizar sua logística.


    Outro exemplo é a Luft Logistics, a empresa realiza a operação para a varejista Amazon no Prologis Cajamar II. Agora, a TEMU também passou a operar localmente, com vendas a partir de lojas brasileiras. Esse modelo, chamado local-para-local (local-to-local, em inglês), já está ativo em mais de 30 mercados, incluindo Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Espanha e México.


    "Com a iniciativa de negócios no modelo local-para-local da TEMU, empresas brasileiras passam a contar com um novo canal de baixo custo para alcançar milhões de consumidores, enquanto os compradores se beneficiam de entregas mais rápidas e maior variedade de produtos", destaca a empresa. A operadora da TEMU, a Anjun Express, ocupa cerca de 42,6 mil m² em condomínios logísticos de classe A+, A e B em todo o Brasil. Já a estatal Correios loca 89,9 mil m² em condomínios logísticos, desconsiderando galpões isolados e operações de menor porte.


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