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    Mercado Imobiliário

    Shadow space cresce na JK após anúncio de saídas programadas de diversas empresas; conheça o termo

    Saída da Amazon revela o impacto da mudança nas dinâmicas do mercado de escritórios da região

    Por SiiLA
    terça-feira, 6 de maio de 2025 Atualizado 2 dias atrás

    Uma das principais regiões CBDs de São Paulo pode estar dando indícios de uma leve crise. A Avenida Juscelino Kubitschek (JK), tradicional polo corporativo da capital, começou a ser impactada por avisos de saída de inquilinos relevantes de seus escritórios.

     

     

     Shadow space cresce na JK após anúncio de saídas programadas de diversas empresas; conheça o termo
    Juliana Sztrajtman, CEO da Amazon Brasil


    Um exemplo emblemático, que ganhou destaque recentemente, foi o anúncio da saída da Amazon da torre E do Complexo JK. A empresa está transferindo suas operações para o Biosquare, localizado em Pinheiros, em um movimento de expansão que visa unificar as equipes que estavam espalhadas entre a antiga sede, o homeoffice e coworkings.


    Atualmente, a região da JK conta com 432 mil m² de áreas corporativas classificadas entre A+, A e B - um volume considerável, embora menor em comparação com regiões adjacentes como Faria Lima (789 mil m²), Pinheiros (581 mil m²) e Vila Olímpia (603 mil m²). No entanto, as saídas programadas podem impactar diretamente a taxa de ocupação, hoje em 95,8%.


    Atratividade de outras regiões


    Um dos fatores que pode estar contribuindo para esse cenário é o aumento da atratividade de outras regiões. O caso da Amazon é ilustrativo: as empresas têm buscado áreas corporativas mais modernas, com infraestrutura adequada para acomodar suas operações e equipes, alinhadas aos novos modelos de trabalho, e que ofereçam melhor custo-benefício, com condições comerciais mais competitivas.

     

    Por: Siila

    Além da Amazon, outras empresas também deixaram a região da JK recentemente. Publicis e DPZ&T, por exemplo, desocuparam o São Paulo Corporate Towers e se mudaram para o edifício Carlos Bratke - Jacarandá, na Berrini. Ambas pertencem ao mesmo grupo e a migração reforça uma tendência de movimentação dentro do mercado corporativo de São Paulo.


    Shadow space


    Esse movimento silencioso acende um alerta para um fenômeno cada vez mais relevante no mercado imobiliário: o shadow space. O termo se refere a áreas de escritório que ainda estão sob contrato e tecnicamente ocupadas, mas que já não são utilizadas pelas empresas - seja por operações reduzidas ou em vias de mudança.


    O mapeamento da SiiLA considera como ocupados os espaços que possuem contrato de locação vigente. Portanto, mesmo que o inquilino já não esteja operando no local ou tenha anunciado sua mudança, o imóvel continua sendo contabilizado como ocupado enquanto o contrato estiver ativo. É o caso da Amazon: embora a empresa já tenha comunicado a mudança de sua sede para o próximo ano, ela segue registrada como ocupante da JK. Na prática, no entanto, o imóvel já não faz mais parte da sua estratégia de ocupação e pode ser considerado um shadow space.


    Esse fenômeno cria uma espécie de vacância oculta. Especialistas apontam que, na JK, a presença crescente de shadow spaces pode ser um sinal de reconfiguração do eixo corporativo da cidade, em um movimento semelhante ao observado na Faria Lima. Com vacância baixa e preços elevados, inquilinos de grande porte têm buscado novas regiões para instalar suas sedes, optando por espaços mais flexíveis e financeiramente vantajosos.


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