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    Fundos de papel sem perder o sono: Veja guia com critérios essenciais para análise

    Entenda a importância dos indexadores, garantias e spreads para investir com segurança nessa classe de ativo

    Por ClubeFII
    sexta-feira, 19 de setembro de 2025 Atualizado 3 semanas atrás

    Altos dividendos em fundos imobiliários de papel podem esconder riscos capazes de tirar o sono do investidor. Para construir uma carteira sólida e evitar surpresas desagradáveis, é fundamental entender os mecanismos por trás desses ativos, que investem em dívidas do setor imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras Hipotecárias (LH). Para ter acesso a um guia completo sobre o assunto, você pode acompanhar o vídeo disponível no canal do Clube FII no YouTube clicando aqui.

     

    Fundos de papel sem perder o sono: Veja guia com critérios essenciais para análise

     

    FIIs de papel possuem particulartdades que exigem atenção redobrada, segundo Lana Santos, analista do Clube FII.  Diferentemente dos FIIs de tijolo, onde o investidor é dono de uma fração de imóveis, nos fundos de papel, o cotista se torna um credor. Alguns fatores definem o valor, a qualidade e o risco deste investimento. "Ignorar esses fatores é o mesmo que investir no escuro", alerta.

     

    Por isso, a análise exige um olhar diferente, começando pelo indexador que corrige o valor da dívida. Os principais são o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), atrelado aos juros, além do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), ligados à inflação. No entanto, a rentabilidade não se resume a isso. O principal risco é o de calote, e ele precisa ser remunerado.

     

    Para medir esse risco, a analisa explica o conceito de "spread": a diferença entre a taxa oferecida pelo fundo e a de um título público equivalente, considerado o ativo mais seguro do mercado, sendo que um spread maior indica um risco mais elevado. "Uma forma de identificar o risco é através dessa taxa. Mais especificamente, o quanto essa taxa é maior do que a taxa oferecida pelo título público equivalente, afinal, os títulos públicos são considerados os ativos de menos risco no mercado, pois eles possuem o governo como contraparte. Então é o risco de o governo dar um calote, um risco muito baixo", compara. Essa relação classifica os fundos em "High Grade", com menor risco e retorno, e "High Yield", que oferecem taxas mais altas por assumirem um risco maior.

     

    Outro ponto crucial são as garantias da dívida, que devem ser analisadas sob duas óticas: quantidade e qualidade. A quantidade é medida pelo LTV (Loan-to-Value), que compara o valor do empréstimo ao valor da garantia — quanto menor o LTV, mais seguro. A qualidade refere-se à liquidez dessa garantia, ou seja, a facilidade de convertê-la em dinheiro em caso de inadimplência. "De nada adianta uma garantia robusta, mas que seja praticamente impossível de comercializar". 

     

    A diversificação também é um pilar de segurança, pois mesmo investindo em um bom fundo, o risco de crédito ainda existe. Um fundo pulverizado entre diferentes devedores, CRIs, setores (residencial, logístico, shoppings) e regiões geográficas é menos vulnerável a problemas localizados. Por fim, é essencial analisar o histórico de rendimentos. "É normal que os fundos de papel tenham pequenas oscilações nos rendimentos por causa da variação dos indexadores. Mas um histórico consistente mostra que o gestor sabe equilibrar a carteira para manter o fluxo de caixa mesmo em cenários mais adversos. Olhe para o histórico do fundo e não apenas para o rendimento atual", orienta Santos. Oscilações bruscas e descorrelacionadas do indexador podem ser um sinal de alerta, e o dividend yield isoladamente não deve ser o único fator de decisão. 

     

    Portanto, a construção de uma carteira de FIIs de papel deve ser baseada em uma análise aprofundada, utilizando fundos High Grade como base e, se o perfil de risco permitir, adicionando uma parcela de High Yield para potencializar os retornos. "Eles são aquele tempero do prato principal", conclui a analista. O segredo está em entender que, nesse mercado, o maior rendimento quase sempre vem acompanhado de um risco proporcional.

     

    Quais FIIs de papel escolher? Para auxiliar nessa análise, o Clube FII oferece acesso a estudos completos em que detalham quais ativos cumprem os critérios elencados acima. Clique aqui, escolha o plano ideal para o seu perfil, e libere seu acesso agora mesmo.


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