Dados do Market Analytics mostram uma taxa de vacância em condomínios logísticos de 7,68%. O valor médio, porém, não representa a realidade de maneira uniforme: enquanto algumas regiões apresentam índices elevados, outras registram taxas muito baixas ou até zeradas.

A alta vacância é um tema recorrente no setor, mas a baixa também traz desafios e oportunidades. Estados como Santa Catarina, Paraíba, Espírito Santo, Alagoas e Amazonas estão atualmente com vacância zerada.

Marcio Siqueira, diretor-executivo de operações da LOG, comentou ao REsource sobre o assunto. A companhia pretende desenvolver o LOG Maceió II, previsto para ser entregue em dezembro de 2026. Atualmente, Alagoas não possui áreas vagas.

"A LOG adota uma estratégia de diversificação geográfica que serve de guia para os investimentos em novos projetos, baseada em análises criteriosas de oportunidades e da demanda dos clientes. Nós visitamos as localidades, estudamos os galpões ocupados por empresas e, muitas vezes, o que constatamos é que elas utilizam estruturas inadequadas", explica.

Por: Siila

Características

Essas regiões não contam com um amplo estoque de ativos logísticos, nem compartilham características únicas em comum. Manaus, no Amazonas, por exemplo, possui um estoque reduzido de 307 mil m². A região é marcada pela Zona Franca, o que faz com que a maioria dos complexos industriais sejam fábricas. Dessa forma, a quantidade de condomínios logísticos voltados à armazenagem é menor, já que essa demanda costuma ser suprida dentro dos próprios complexos industriais.

No caso de Santa Catarina, o estoque disponível foi totalmente locado no segundo trimestre de 2025 - o mesmo ocorreu no Espírito Santo. Já Alagoas e Paraíba não recebem novos empreendimentos há anos.

Futuro

Entre esses mercados, apenas Alagoas, Paraíba e Santa Catarina devem receber novos estoques. Santa Catarina concentra o maior volume projetado, com previsão de seis empreendimentos a serem entregues entre 2025 e 2027.

Na Paraíba, a expectativa é pela expansão do CBI Log, em Alhandra, prevista para 2027. Em Alagoas, o destaque é um projeto de expansão da LOG no Nordeste. "A LOG estuda essas cidades há cerca de dois anos, pois sabemos que empresas de e- commerce, alimentos e bebidas e do setor farmacêutico demonstram interesse em novas operações nessas regiões, mas não encontram estruturas adequadas", reforça o executivo.