Thiago Otuki, economista do Clube FII, conversou com o fundador da plataforma especializada no mercado de fundos imobiliários, Rodrigo Cardoso. A entrevista foi no estúdio montado no Transamérica Expo Center durante o Fórum GRI do ano passado.

Cardoso começou a conversa lembrando sobre a perspectiva de alta da taxa básica de juros no Brasil com a Taxa Selic que pode chegar a 12% ao final de 2022. “Você acha que ainda vale a pena investir em fundos imobiliários?”

Otuki explicou que, para o investidor que tem uma carteira conhecida como ‘longo prazo previdenciária’ – para obtenção de recursos complementares à previdência - não faz sentido ter 100% das aplicações em renda fixa, independentemente da taxa de juros.

“Precisa ter alguma composição em renda variável e, dentro desta composição, com certeza, entra o fundo imobiliário por ter menos volatilidade do que o mercado de ações”, afirmou.

Rodrigo Cardoso complementou que a alta da taxa básica de juros é para controle da inflação. “A gente está em um mercado que tem lastro imobiliário e tende a sofrer uma correção pela inflação que não é imediata”, ponderou.

Otuki concordou. “No mercado de recebíveis imobiliários, o investidor já está capturando este ganho e, inclusive, é um segmento que, na média, foi positivo em 2021, ao contrário dos fundos de tijolos que estão sofrendo mais”, explicou.

“Quem entrar no mercado agora terá uma postura muito mais conservadora dado que o CDI vai aumentar e muitos fundos, em sua carteira, são indexados aos recebíveis com CDI. A inflação também já proporciona ganhos aos fundos de papel”, detalhou Otuki.

O bate-papo completo do Rodrigo Cardoso com o Thiago Otuki sobre fundos imobiliários você assiste no canal do Clube FII no Youtube que também tem a série de entrevistas completa gravada durante o Fórum GRI.