O investidor e empresário do setor imobiliário, Sidney Angulo, revelou em entrevista exclusiva 15 fundos imobiliários de tijolo que fazem parte de sua carteira de investimentos pessoal. Em conversa com Rodrigo Cardoso e Danilo Barbosa, sócios do Clube FII, Angulo detalhou a estratégia por trás do que chama de sua "Coleção de Imóveis Essenciais", focada em ativos de alta qualidade, gestão de confiança e baixa alavancagem. Você pode assistir ao vídeo completo disponível no canal do Clube FII no YouTube clicando aqui.

Para Angulo, que possui 40 anos de experiência no mercado imobiliário tradicional, os fundos imobiliários de tijolo são vistos como "imóveis picados", uma forma de ter participação em empreendimentos de grande porte com liquidez e sem as burocracias da posse direta. Seu objetivo principal com essa carteira é a geração de renda consistente, colocando o ganho de capital em segundo plano. "Fortemente renda. Para mim, se você for acompanhar um fundo imobiliário de papel, o total return é um dado bem importante. No caso de prédios, de imóveis, não importa tanto, mas é importante para ver se houve algum movimento brusco", comparou.

A carteira apresentada, que representa uma parcela de seus investimentos, foi montada com 15 ativos de grande porte, divididos em proporções iguais. A alocação setorial sugerida para um investidor iniciante seria de 40% em logística, 26,7% em fundos híbridos (com foco em renda urbana e varejo), 20% em shoppings e 13,3% em escritórios. Segundo os dados consolidados apresentados, esses 15 fundos somam um patrimônio de R$ 46,1 bilhões, com 432 imóveis, uma vacância média de 4,4% e uma alavancagem de 9,6%.

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Entre os critérios de seleção, o investidor destacou a importância da gestão como fator primordial. "Gestão para mim é muito importante. Primeiro é gestão, depois é o resto, qualidade dos imóveis", afirmou. Ele citou gestoras como Pátria, BTG, XP, Bresco e Kinea como exemplos de confiança presentes em sua coleção. Angulo também mencionou os fundos que compõem a carteira, como BRCO11 e HGLG11 (logística), XPML11 e HGBS11 (shoppings), JSRE11 e PVBI11 (escritórios), e KNRI11 e HGRU11 (híbridos). Confira a lista completa ao assistir o vídeo disponível no Youtube.

Questionado sobre o que o levaria a vender uma posição, Angulo afirmou que a decisão seria baseada em uma perda de fundamento do ativo, como uma troca de gestão preocupante ou uma alavancagem excessiva, e não em movimentos de pânico do mercado. Para ele, a volatilidade da cotação, gerada pela negociação de um percentual muito baixo do total de cotas, não reflete o valor real dos imóveis. Pelo contrário, momentos de queda representam oportunidades de compra.

Ao final, o investidor reforçou sua crença no potencial do mercado brasileiro de fundos imobiliários, com alto potencial de expansão. A estrutura democrática dos FIIs, que permite a qualquer pessoa se tornar sócia de grandes empreendimentos com pouco capital, foi um dos pontos mais celebrados por Angulo como um diferencial para o crescimento do setor no país.