A rentabilidade de fundos imobiliários de recebíveis, diferença para fundos de tijolos - aqueles exclusivamente de imóveis físicos - e o momento dos fundos logísticos foram assuntos do bate-papo entre o analista Rodrigo Costa Medeiros, da DesmistificandoFII, e o economista do Clube FII, Thiago Otuki, durante o Fórum GRI 2021.

Otuki abriu a entrevista questionando sobre o que esperar dos fundos imobiliários com a alta da Taxa Selic e o impacto nos FIIs de recebíveis. 

Medeiros explicou que os FIIs têm como base as taxas de juros futuros. “Os juros futuros já precificam uma Taxa Selic próxima a 10,5% ou 11%, e ainda temos muitos investidores fazendo o comparativo de fundos imobiliários com o CDB. Então, não adianta a gente dizer o que racionalmente parece ser que os FIIs já estariam descontados frente a uma Selic de 10,5%, sendo que o comportamento dos investidores continua o de fazer o comparativo e isso faz com que o FIIs continuem tendo alguma queda ou pouco espaço para subir”.

O analista poderou que a Selic sobe para controlar a inflação e os fundos de recebíveis estão tão bem porque a inflação está muito alta. “Eles estão distribuindo muitos rendimentos e os investidores estão muito felizes porque eles repassam a inflação quase que imediatamente no rendimento”, explicou.

“Em algum momento, a Taxa Selic terá que ser eficiente e vai jogar essa inflação para baixo e vamos ver, justamente, os rendimentos dos fundos de recebíveis reduzindo. Isso eu classifiquei no passado em um artigo que fiz como ciclos dos fundos de recebíveis que se diferenciam dos ciclos dos fundos de tijolos”, alertou Medeiros.

Você pode acompanhar a íntegra da entrevista com o analista Rodrigo Costa Medeiros no canal do Clube FII do Youtube. Lá, você também encontra outras entrevistas com especialistas e investidores gravadas no estúdio do Clube FII montado no Fórum GRI 2021, no Transamérica Expo Center.