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    RB Asset propõe fusão de fundos RFOF11 e RRCI11

    Gestora detalha reestruturação para criar fundo RB Hedge Fund Imobiliário

    Por ClubeFII
    terça-feira, 12 de agosto de 2025 Atualizado 2 dias atrás

    A RB Asset propõe uma reestruturação em seus fundos imobiliários RB Capital I Fundo de Fundos (RFOF11), um FOF (fundo de fundos), e e RB Capital Recebíveis Imobiliários (RRCI11), um fundo de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), com o objetivo de uni-los para criar um veículo multiestratégia mais moderno e flexível, o RB Hedge Fund Imobiliário. A proposta foi detalhada em entrevista por Marcelo Michaluá, sócio fundador e co-CEO, e Rafael Ohmachi, sócio responsável pelos fundos líquidos da gestora. Você pode assistir o vídeo completo disponível no canal do Clube FII no YouTube clicando aqui.

     

    RB Asset propõe fusão de fundos RFOF11 e RRCI11
    Rafael Ohmachi, Sócio da RB Asset e Marcelo Michaluá, Sócio Fundador e Co-CEO da RB Asset, detalham proposta de fusão de fundos no Clube FII Entrevista

     

    Marcelo Michaluá, uma das figuras que ajudaram a pavimentar o mercado de securitização no Brasil desde os anos 90, relembrou a trajetória que começou no Banco Pactual e levou à fundação da primeira securitizadora do país. Ele destacou como o mercado de capitais, através de instrumentos como o CRI, supriu uma carência de financiamento para setores da economia real, como o imobiliário. "A gente fazia isso há 30 anos, sem o arcabouço regulatório dos produtos que hoje são chamados de ativos alternativos", comentou.

     

    AGEs devem deliberar sobre fusão de fundos

     

    A gestora busca modernizar e adaptar dois fundos. Sobre a proposta de fusão do RFOF11 e RRCI11, Rafael Ohmachi explicou que o movimento é uma evolução natural do mercado, seguindo uma tendência que chamou de "FOF 2.0". O objetivo é criar um fundo mais resiliente, capaz de navegar por diferentes ciclos econômicos. "A gente consegue, eventualmente, comprar ativos ilíquidos ou ativos reais, eventualmente, comprar CRIs — principalmente em época de CDI subindo — e surfar essa alta da SELIC. Dessa forma, a gente acha que, de fato, consegue proteger o fundo", afirmou Ohmachi.

     

    "Um hedge fund é uma proteção, uma camada de cerca que colocamos para proteger o fundo. Não é um fundo com uma regulamentação ampla para fazer qualquer coisa e aumentar o risco do fundo. É o contrário. A gente tenta blindar os ativos, já dentro da carteira, para maximizar o retorno e diminuir o risco", completa. Caso assembleias de cotistas aprovem a proposta, a união resultaria em uma carteira diversificada, com cerca de metade em CRIs e metade em FIIs de tijolo. Veja passo a passo para votar.

     

    Um dos pontos mais relevantes da proposta é a opção oferecida aos cotistas. Além de poderem migrar para o novo fundo, eles terão a possibilidade de sair da estratégia recebendo o valor patrimonial de suas cotas por meio de um fundo de liquidação, com prazo de até um ano. A decisão final caberá aos investidores, em assembleia com quórum de 25% que se encerra em 18 de agosto. A gestora está mobilizada para esclarecer todas as dúvidas dos cotistas sobre o processo de votação online.

     

    Visão de mercado

     

    Questionados sobre a Medida Provisória que propõe a taxação de rendimentos de FIIs e outros ativos isentos, os gestores expressaram frustração. Michaluá vê a medida como arrecadatória e um desincentivo para um mercado que ainda é incipiente em volume comparado a outras indústrias de investimento. Ohmachi complementou, ressaltando que o mercado de capitais e seus incentivos são cruciais para suprir a carência de investimentos de longo prazo no Brasil, essenciais para o aumento da produtividade do país.

     

    Ao final, a visão de futuro da RB Asset foi delineada como a de um "hub de originação de ativos", buscando explorar mercados ainda pouco acessados pelo mercado de capitais, e mantendo um espírito associativo para inovar e entregar valor diferenciado aos investidores. 

     


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