Qual o melhor momento para comprar cota de Fundo Imobiliário?
Três especialistas do Clube FII se reúnem em programa de entrevistas para responder ao investidor quando aplicar nos chamados FIIs

Qual o melhor momento para comprar FII? Para responder a esta pergunta, o programa Clube FII Entrevista reuniu três nomes de destaque no mercado de Fundos Imobiliários e que compõem a liderança da empresa que oferece a maior plataforma de dados e conteúdo sobre FIIs no país.
No comando da edição do programa, o sócio fundador e CEO Rodrigo Cardoso de Castro, além do sócio e diretor de Educação e Comunicação Arthur Vieira de Moraes. O entrevistado foi o sócio e diretor de Research (Pesquisa) Danilo Barbosa.
Em clima de descontração, os participantes apresentaram informações importantes sobre o mercado de Fundos Imobiliários.
Castro lembrou que, entre 2012 e 2016, a recessão no país e a alta da taxa Selic promoveram uma queda no número de investidores em FIIs.
“Quem entrou recentemente acha que o número de investidores só sobe, mas no passado a gente teve quatro anos consecutivos de queda”.
Ele afirmou que, naquele momento, FIIs e ações eram tidos como aplicações de risco elevado, mas tratava-se do melhor momento para achar bons preços de ativos.
O CEO quis saber de Barbosa se, no atual momento com todos pessimistas sobre os fundos de tijolo – com imóveis físicos em carteira - é hora de entrada no mercado: “É nesse momento, com sangue nas ruas, que há as melhores oportunidades?”
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Barbosa afirmou que, atualmente, a situação é diferente em relação a 2015, com a indústria de Fundos Imobiliários já bem evoluída, oferecendo muito mais informações e mais fundos multi ativos que diluem o risco.
“É uma indústria gigantesca, muito maior do que a de 2015, e em uma situação de alavancagem - endividamento - muito diferente na comparação com aquela época. Os juros são ruins para todos os setores, a exemplo da bolsa e os fundos de CRI – Certificados de Recebíveis Imobiliários”.
Para o analista, se a taxa básica de juros se mantiver alta por um período prolongado, a situação tende a ser ruim para o mercado, principalmente para os fundos de equity.
“Atualmente, os fundos de CRI estão um pouco depreciados e não vejo margem para tanta queda destes fundos que ainda vão retomar as distribuições após os três meses de deflação”.
Barbosa complementa que, para os fundos de tijolo, é um bom momento. No entanto, não há como afirmar se a situação pode piorar ou não nos próximos dois anos.
“Vai depender das medidas econômicas da equipe do Haddad”.
Moraes ponderou que a vacância dita o preço.
“Se o mercado está equilibrado, perfeito o raciocínio porque os contratos vão repassando a inflação. Mas se está desequilibrado e tem muita vacância, não adianta porque o dono do imóvel vai fazer de tudo para reter o inquilino, o que implica em desconto, carência e tudo o mais”.
A íntegra da entrevista pode ser assistida no vídeo destacado nesta matéria e também diretamente no canal do Clube FII no Youtube.