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    Novo marco regulatório impulsiona expansão de ETFs no Brasil

    Eduardo Miquelotti, do BTG Pactual, explica as principais vantagens dos fundos de índice

    Por ClubeFII
    quarta-feira, 1 de outubro de 2025 Atualizado 1 semanas atrás

    O mercado de fundos de índice, ou ETFs (Exchange Traded Funds), tem ganhado cada vez mais relevância na carteira dos investidores brasileiros, impulsionado por um novo cenário regulatório que favorece a transparência e a eficiência de custos. Em entrevista ao Clube FII, Eduardo Miquelotti, Head da Estratégia de Fundos Passivos Indexados e ETFs do BTG Pactual, detalhou os fatores por trás dessa tendência e as vantagens que esses ativos oferecem. Você pode assistir ao vídeo completo disponível no canal do Clube FII no YouTube: clicando aqui.

     

    Novo marco regulatório impulsiona expansão de ETFs no Brasil

     

    Segundo Miquelotti, o principal catalisador para o crescimento dos ETFs no Brasil é o marco regulatório da CVM 175, 178 e 179, que entrou em vigor em junho de 2025. A nova regra exige maior transparência sobre as taxas pagas pelos investidores, um movimento semelhante ao que ocorreu nos Estados Unidos em 2011 com o "Form ADV". Essa clareza leva os investidores a questionarem os custos de produtos de gestão ativa e a buscarem alternativas mais eficientes. "Com esse modelo de maior transparência, o ETF acaba caindo como uma luva", afirma Miquelotti, destacando que a mudança fomenta o modelo "fee-based", onde os assessores são remunerados diretamente pelo cliente, incentivando o uso de produtos de baixo custo.

     

    Contrariando a ideia de que ETFs representam uma perda por apenas replicarem um índice em vez de superá-lo, Miquelotti defende que eles são complementares à gestão ativa. "O ETF não vem para substituir o fundo de gestão ativa, ele vem para complementar", explica. Enquanto os fundos ativos buscam o "alfa" (retorno acima do mercado), os ETFs garantem o "beta" (retorno do mercado) de forma diversificada e barata, resultando em uma carteira potencialmente mais eficiente e com melhor relação risco-retorno.

     

    Baixo custo, liquidez e diversificação

     

    Os investidores podem usar o instrumento para alocar em renda variável local, internacional, criptomoedas, renda fixa, entre outras oportunidades disponíveis. O especialista do BTG Pactual listou cinco pilares que definem as vantagens dos ETFs. O primeiro é o baixo custo, viabilizado por uma gestão mais automatizada. "Pela regulamentação atual, os ETFs não podem cobrar taxas de performance, somente de administração".

     

    O segundo é a diversificação, exemplificada pelo ETF DEBB11, que com uma única cota permite ao investidor ter exposição a cerca de 300 debêntures. A alta liquidez é o terceiro pilar, com liquidação em D+1 para renda fixa e D+2 para renda variável. A tributação favorável se destaca pela ausência de come-cotas e, em muitos casos, uma alíquota fixa de 15% sobre o ganho de capital. Por fim, a flexibilidade, garantida pelos rebalanceamentos periódicos dos índices, mantém o portfólio do ETF sempre atualizado com as condições de mercado.

     

    Papel do market maker 

     

    Outro ponto crucial para o bom funcionamento dos ETFs é a atuação do formador de mercado (market maker), que garante liquidez e estabilidade ao preço da cota, evitando os problemas de ágio e deságio comuns em outros fundos listados. "No mesmo dia, tem várias criações, várias destruições de cotas. Isso é um mecanismo totalmente automatizado hoje".

     

    Miquelotti também ressaltou a facilidade que os ETFs proporcionam para o acesso a mercados internacionais, como o GENB11, que investe em BDRs de gigantes da tecnologia, e a ativos alternativos, como criptomoedas, uma área em que o Brasil se mostrou regulatoriamente à frente dos EUA.

     

    Cenários de mercado

     

    Olhando para o futuro, Miquelotti acredita que o próximo passo para o mercado brasileiro é a regulamentação dos ETFs de gestão ativa, uma tendência já consolidada nos EUA. Esses produtos combinariam a expertise de uma gestão discricionária com a estrutura eficiente e líquida de um ETF. "Tenho total convicção de que o ETF de gestão ativa é o próximo passo para esse investidor, que cada vez está se tornando mais sofisticado, está buscando soluções diferentes", conclui.

     

    Tudo sobre o que você precisa saber sobre o produto que está revolucionando o mercado está disponível no Guia de ETFs do Clube FII, que conta com apoio do BTG Pactual. Clique aqui e acesse.


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