Maria Fernanda Violatti explica a carteira de FIIs da XP investimentos
Analista deu entrevista no estúdio de TV do Clube FII montado no Fórum GRI 2021

Maria Fernanda Violatti, analista de real estate e fundos imobiliários da XP Investimentos, falou sobre a elevação da taxa básica de juros no país e a mudança na carteira da XP em entrevista a Thiago Otuki, economista do Clube FII. A gravação foi no estúdio de TV montado no Transamérica Expo Center para o Fórum GRI 2021.
Otuki abriu a conversa perguntando sobre as mudanças na carteira recomendada da XP ao longo da elevação dos juros.
Violatti explicou que o cenário atual está mais desafiador diante das incertezas em relação à política econômica e fiscal, além do aumento da taxa de juros que traz maiores desafios para a composição de uma carteira recomendada.
“A nossa preferência acaba sendo pelos fundos de papel neste momento de maiores incertezas, dado que esses fundos acabam se beneficiando do aumento da taxa de juros e também deste cenário de pressão inflacionária. O portfólio é indexado à inflação e, em um cenário favorável, estes fundos têm portfólio indexado ao CDI ”, detalha Violatti.
A analista também falou sobre os FIIs de tijolos que estão entre os segmentos mais impactados. “Mas a gente persiste com a ideia de que olhar os ativos que compõem os fundos é extremamente importante. Você entender este portfólio, onde estão localizados estes ativos, entender a qualidade destes ativos e, antes de mais nada, para compor a carteira recomendada, a gente entende que esses fundos têm uma boa capacidade de gerar renda no futuro”.
Violatti ponderou que a XP entende que existem boas oportunidades e os fundos estão sendo negociados com descontos, mas é importante a tese de solidez dos portfólios.
“O momento requer seletividade, bastante cautela nas decisões e um olhar com bastante atenção em relação aos gestores, quem são aquelas pessoas que estão à frente dos fundos e entender como funciona realmente as estratégias adotadas por eles”, aconselhou.
Além dos FIIs de papel, Violatti disse que a carteira da XP também tem exposição ativos logísticos. “Dentro destes fundos de tijolos, a gente entende que os ativos logísticos são mais defensivos dado o caráter dos contratos que são atípicos e, geralmente, de longo prazo, portanto, trazem maior previsibilidade em gerar renda no futuro”.
Assista à íntegra da entrevista com Maria Fernanda Violatti no canal do Clube FII no Youtube. Lá, você encontra também outros vídeos desta série especial gravada com personalidades do mercado de FIIs durante o Fórum GRI 2021.