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    Manatí, gestora que nasceu há dois anos, pagou o maior rendimento de dividendos/cota dos FII em 2023

    Queda da Selic não assusta os gestores, em razão da flexibilidade da alocação do patrimônio

    Por ClubeFII
    segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024 Atualizado

    Segurança e resiliência. Algo pouco visto na correria e nas negociações frenéticas do mercado financeiro. Mesmo assim a Manatí foi batizada desta forma, com a simbologia da “tranquilidade” e “confiança”. Manatí é um outro nome do peixe-boi, que chama a atenção por ser gentil e amistoso. Um contraponto repleto de significados.

     

    A gestora nasceu formalmente em janeiro de 2022. Mas o negócio começou a surgir em setembro de 2021, quando os sócios-fundadores Eduardo Vahan Mekbekian, Pedro Ferretti e Samuel Pereira resolveram alçar voos maiores.

     

    Manatí, gestora que nasceu há dois anos, pagou o maior rendimento de dividendos/cota dos FII em 2023

     

    Eles estavam em grandes empresas e já haviam acumulado experiência suficiente para acreditar que poderiam oferecer muito mais aos clientes, em comparação com a forma com a qual trabalhavam àquela época.

     

    As amarras criativas e empreendedoras foram arrancadas e surgiu a Manatí. “Dentro desse escopo imobiliário, já havíamos acumulado experiências com diversos tipos de produtos, em todo o espectro de possiblidades, como operações de fusões e aquisições, emissões de ações no âmbito de IPOs e Follow-ons de companhias listadas, emissão de dívidas, tanto CRI como Debêntures, tradicionais e também estruturadas, além da captação de recursos para estratégias de investimentos via fundos imobiliários”. Toda essa experiência permitiu a criação de uma rede de relacionamentos junto a investidores institucionais e empresários, além de profunda inteligência de análise, que serviriam como dois dos pilares da nova gestora. 

     

    O executivo detalha algo que faz até hoje: sentar à mesa com as empresas, ajudá-los a desenhar as operações necessárias, e ser, praticamente, “uma extensão do departamento financeiro” da empresa dele. Quando percebeu que estava entrando numa zona de conforto, com o trabalho engessado, resolveu virar o jogo e ter o próprio negócio para oferecer soluções ao empresário um pouco menos “bancarizado”, que poderia acessar o mercado de capitais para ter acesso a produtos artesanais.

     

    “Conversamos com o empresário que tem alguma necessidade de capital, independentemente do valor, e fazemos uma análise muito personalizada, no que se refere a garantias, prazos e taxas. São operações estruturadas que buscam atender ao máximo as demandas do empresário, sem perder a essência do conforto nas análises de crédito, sempre com um pacote de garantias muito bem desenhado”, diz Pedro Ferretti.

     

    E um detalhe: na medida em que a Manatí faz a estruturação das operações dentro de casa, inevitavelmente se reduz a presença de intermediários, o que acaba reduzindo também os custos de captação para as empresas. “Nessa linha, buscamos beber água limpa” diz Samuel Pereira, trazendo esses resultados adicionais para as mãos dos cotistas. E são essas operações de crédito estruturado o grande diferencial da Manatí. “Não consigo entrar numa concorrência com as gigantes do mercado. Mas no âmbito das operações de crédito estruturado e de crédito imobiliário, que dependem muito mais da nossa criatividade, relacionamento pessoal e do nosso histórico, temos feito muito”, explica Mekbekian.

     

    Um exemplo disso foi um dos investimentos, no qual a Manatí ajudou a financiar resorts no Nordeste, por meio de uma operação de CRI em seus fundos. Essa empresa estava fazendo a sua primeira operação, nunca havia tomado dinheiro fora do segmento bancário e estava precisando de soluções alternativas. O negócio ajudou na expansão do local e promoveu o desenvolvimento na vida de funcionários e de moradores da cidade, muito carente. “Foi possível oferecer rendimento ao cotista, com pacote robusto de garantias e transformar histórias”.

     

    Os clientes da Manatí são, especialmente, investidores institucionais e pessoas físicas. Com relação a este último público, Mekbekian ressalta: “entendemos a importância de sermos acessíveis, trazendo governança ao processo de tomada de decisão, com presença nas principais plataformas de investimento imobiliário, lives, podcasts. Vamos trabalhar bastante nessas frentes”.

     

    MANA11

    Além dos três sócios-fundadores, a gestora tem outros seis sócios, e cada um deles traz seu conhecimento multidisciplinar para entregar resultados. A Manatí tem hoje dois fundos imobiliários, o MARE11 e o MANA11, que é o carro-chefe da empresa. Juntos, os fundos acumulam patrimônio próximo a meio bilhão de reais.

     

    O MANA11 acumulou, em 2023, o maior rendimento de dividendos por cota dentre os FII multiestratégia e hedge fund, pagando R$ 1,31 entre janeiro e dezembro de 2023. Nos últimos 12 meses, o dividend yield do fundo chegou a 13,91%, corroborando a tese de investimentos idealizada logo no início do fundo de trazer algo diferente para os investidores, dentre as inúmeras possibilidades existentes hoje em mercado, pautado especialmente pela gestão ativa visando ganhos de capital nas posições investidas.

     

    O fundo oferece proteção no cenário de queda de juros. Um dos diferenciais é que ele investe em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), ações, debêntures, fundos imobiliários, empreendimentos residenciais, dentre outros, que podem ser indexados tanto ao CDI, quanto à inflação.

     

    Desta forma, o FII pode obter ganhos, mesmo nas situações mais complicadas do mercado, defendendo o patrimônio do cotistas independentemente do cenário, ou aumentando o risco dos investimentos, se houver um panorama macroeconômico mais positivo.

     

    O objetivo dessa gestão é trazer resiliência e consistência dos dividendos para o investidor. “Sabemos da importância da distribuição resiliente dos dividendos para a precificação da cota no mercado secundário”, afirma Ferretti. Para a correta execução dessa estratégia, é necessária uma gestão ativa da carteira do fundo, executando compras e vendas de ativos, a depender do panorama de mercado, ou da maturação deles.

     

    “Além do MANA11, colocamos de pé um segundo fundo imobiliário, que é o MARE11, para ser uma espécie de ‘carteira espelho’ da estratégia de crédito do MANA11.  As operações estruturadas são o que fazemos de melhor. E criamos esse fundo que é mais dedicado a essa tese, para que seja visto pelo mercado como se fosse uma renda fixa isenta de Imposto de Renda. O fundo tem hoje R$ 162 milhões”, diz o executivo.

     

    Os dois fundos já contam com cerca de 9 mil investidores e a Manatí já estruturou R$ 1,8 bilhão em operações desde o início de 2022. Uma dessas operações foi para o Mercado Livre.

     

    Cenário econômico

    “A perspectiva para os fundos imobiliários é positiva”, diz Samuel Pereira. Isso ocorre em razão do momento do ciclo de corte das taxas de juros, dado que os fundos imobiliários, historicamente, têm uma correlação negativa com os juros.

     

    Para Mekbekian, assim que o investidor pessoa física começar a olhar para o retrovisor e perceber que não está mais conseguindo ter acesso àquele 1% ao mês, clássico, pode haver uma nova migração para ativos com um pouco mais de risco. Além disso, segundo o gestor, a isenção do Imposto de Renda e o pagamento de dividendos mensais ajudam a chamar a atenção para os FIIs.

     

    Para 2024, os planos são consolidar os dois fundos já existentes, fazendo o que a Manatí faz de melhor, que são as operações de crédito estruturado e crédito imobiliário.


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