Leandro Bousquet Viana, sócio e diretor de real estate da Vinci Partners, conversou com Thiago Otuki, economista do Clube FII, durante o Fórum GRI 2021 sobre a situação dos fundos de shopping centers quase dois anos depois do início da pandemia de Covid-19 no Brasil. 

Otuki começou a entrevista perguntando sobre a expectativa com os shoppings adquiridos da Ancar. 
Bousquet disse que a Vinci está bastante animada com a aquisição de quatro shoppings da Ancar, o que permitiu uma maior participação do fundo VISC11 como centro-oeste, pantanal e norte, com o shopping Porto Velho. 

“Os quatro shoppings da Ancar têm o potencial de estarem entre os 10 melhores da carteira do VISC11 e a gente está bastante animado já com a primeira distribuição em outubro”.

Bousquet completou que a expectativa era de uma distribuição de rendimento de R$ 0,60 após a aquisição, e que acabou sendo de R$ 0,64 por cota no primeiro mês. 

Otuki quis saber mais sobre a recuperação do segmento de shopping centers e Bousquet lembrou que tem visto os resultados crescendo em uma velocidade bastante grande. “Crescimento de quase 30% ao mês nos últimos quatro meses”, detalhou. 
O especialista ponderou também que algumas partes de shoppings como praças de alimentação, locais para eventos e cinemas vêm tendo redução das restrições para frequentadores nas últimas semanas. 

“O cenário da pandemia e o avanço da vacinação se mostram positivos e favoráveis e nos deixam animados sobre a continuação do crescimento dos resultados”, explicou.

Bousquet ainda lembrou sobre alguns dos períodos mais favoráveis na sazonalidade dos shoppings que são com Black Friday e Natal. “A expectativa é bem positiva”, reforçou.

Uma outra pergunta feita por Otuki foi sobre o lançamento do fundo Vinci Imóveis Urbanos. O economista quis saber se este segmento de varejo de rua pode ser promissor para os investidores. 

Para Leandro Bousquet, o segmento de imóveis urbanos é o que oferece maiores oportunidades de arbitragem. “É onde está concentrada a maior quantidade de ativos imobiliários no Brasil inteiro”, justifica.

E executivo aproveitou para detalhar o fundo VIUR11: “O fundo procura focar em varejo de rua, grandes vetores de movimento de comércio, grandes ramais de mobilidade urbana, mas também em outros segmentos que se mostraram muito resilientes durante a crise e têm potencial de crescimento por várias razões, inclusive demográficas”.

Bousquet citou como alvos os setores de saúde, clínicas de baixa complexidade, farmácias, educação - especialmente os campos de biomédicas e exatas que dependem de presença física - além de supermercados, hipermercados e ‘atacarejos’. 

“É um universo enorme de potenciais aquisições e a gente enxerga excelentes oportunidades com o VIUR11”, concluiu.

Você pode assistir à entrevista feita por Thiago Otuki a Leandro Bousquet, além de outros vídeos gravados com especialistas no mercado de fundos imobiliários durante o Fórum GRII 2021 no canal do Clube FII no Youtube.