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    Home office ficou para trás? Modelo híbrido em escritórios foi 'turbinado', segundo o CEO da SiiLa

    Giancarlo Nicastro entende que grandes empresas mantêm seus escritórios principais, mas também buscam espaços em regiões descentralizadas

    Por ClubeFII
    segunda-feira, 22 de setembro de 2025 Atualizado 3 dias atrás

    O mercado de escritórios corporativos em São Paulo demonstra uma recuperação robusta, com taxas de vacância já inferiores aos níveis pré-pandemia e a tese do home office permanente sendo superada por um modelo híbrido descentralizado. Esta é a análise de Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA, maior empresa de pesquisa imobiliária da América Latina, em entrevista a Rodrigo Cardoso e Danilo Barbosa, do Clube FII. Nicastro destacou que o investimento em imóveis deve ser sempre pensado a longo prazo, criticando movimentos especulativos baseados em flutuações da taxa de juros. "Investimento em imóvel é longo prazo. Investimento em Fundo Imobiliário é longo prazo. Se você não internalizar isso na sua cabeça, não venha investir em imóveis, você vai quebrar a cara", alertou.  Você pode assistir ao vídeo completo disponível no canal do Clube FII no YouTube clicando aqui.

     

    Home office ficou para trás? Modelo híbrido em escritórios foi
    Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA, participa do Clube FII Entrevista

     

    Modelo híbrido 'turbinado'

     

    Para o mercado de escritórios de São Paulo, ele apresentou dados que mostram a vacância atual em 18,9%, abaixo dos 19,23% de 2020. Regiões nobres como a Avenida Paulista, muitas vezes vista como decadente, exibe uma saúde de ferro com apenas 3% de vacância, seguida por JK (4%) e Faria Lima (9%). A forte demanda e a previsão de uma lacuna na entrega de novos estoques a partir de 2026 devem pressionar os preços dos aluguéis para cima. Segundo o especialista, o modelo de trabalho que se consolida é o "híbrido turbinado", onde grandes empresas mantêm seus escritórios principais, mas também buscam espaços em regiões descentralizadas para facilitar o acesso dos colaboradores. "Essa história de home office já ficou para trás", argumentou.

     

    Nesse contexto, além das áreas prime, regiões como Chucri Zaidan se mostram promissoras, com a vacância caindo de 28% para 17%, chegando próximo ao ponto de equilíbrio, em sua visão. Em contrapartida, áreas como Alphaville continuam sendo um desafio, com pouca perspectiva de recuperação a curto prazo. "Alphaville para escritórios é que nem Extrema para galpões logísticos, na minha visão", comparou. "Alphaville foi criado baseado na isenção do ISS para prestação de serviço. A partir do momento que isso caiu, não fazia sentido nenhum".

    Sobre o Rio de Janeiro, Nicastro o descreve como um mercado "desafiador, mas não desesperador", apesar de entender que o município "sofreu muito quando o setor financeiro veio para a Faria Lima". A cidade tem feito sua lição de casa com programas como o "Reviver Centro", que busca levar moradia e vida de volta à região central, atualmente com 40% de vacância. Para o CEO da SiiLA, embora a recuperação seja morosa, pode haver boas oportunidades para investidores pacientes e com visão de longo prazo.

     

    Galpões logísticos

     

    No setor de galpões logísticos, o cenário é de otimismo, com baixa vacância (7,67%) e preços de locação em uma clara trajetória de alta, algo que o mercado esperava há anos. Esse movimento é sustentado por um controle na entrega de novos empreendimentos, dado o alto custo de capital. Apesar disso, a concentração em poucos players é um ponto de atenção. No cenário nacional, são 489 imóveis classes A+, A  e B, de acordo com dados da SiiLa. "Toda concentração é prejudicial".

     

    Além disso, Nicastro fez um alerta contundente sobre Extrema (MG), um dos principais polos logísticos do país. Ele traçou um paralelo com Alphaville, argumentando que a atratividade de Extrema é fundamentada em incentivos fiscais que podem ser eliminados com a reforma tributária, além da escassez de mão de obra local. "Se cair a isenção fiscal, e vai cair, eu vou sair de lá", afirmou, citando conversas com players do mercado.

     

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