Bruno Margato fala sobre os FIIs sob gestão do Credit Suisse
Diretor de mercado imobiliário do banco detalha estratégias e a perspectiva para o segmento de FIIs logísticos

A série de entrevistas gravadas no estúdio do Clube FII no Fórum GRI 2021 no Transamérica Expo Center trouxe como convidado Bruno Margato, diretor da área imobiliária do banco Credit Suisse.
Ele conversou com o economista do Clube FII, Thiago Otuki, que quis saber uma previsão sobre o setor de fundos imobiliários logísticos. “Até quando o mercado seguirá aquecido? Isso vai refletir no aumento dos rendimentos dos fundos imobiliários do segmento?”
Margato disse que o setor está aquecido com recordes de absorção. “Obviamente, a gente também está trazendo uma nova oferta”, revelou.
O especialista afirmou que há uma melhora de receita no setor de logística pelos repasses de inflação e os fundos deveriam absorver e ter uma melhora de rendimento. “Mas todo investimento imobiliário é sempre um pouco atrasado referente aos outros investimentos pela demora no repasse da inflação. Isso vem acontecendo nos últimos meses”, explica.
Margato completou: “Especificamente no HGLG11, a gente vive um momento um pouco diferente. A gente subiu o rendimento há uns sete meses em mais de 30%. O fundo distribuía R$ 0,78, mexemos no portfólio no primeiro semestre e agora no segundo, e parte disso só vai acontecer no ano que vem. A gente projetou um rendimento maior para os próximos semestres na casa de R$ 1,10”.
O diretor do Credit Suisse também contou que estão ocorrendo muitos pedidos de locatários para migração de reajuste dos contratos do IGP-M para o IPCA. “Principalmente, os maiores locatários”, afirmou.
Otuki perguntou sobre um fundo que lhe agrada, o HGRU11, se é possível entrar com um perfil mais conservador por causa das características dos contratos e locatários.
Margato explicou que o fundo tem hoje 91% de contratos atípicos. “O HGRU11 é uma NTNB um pouco mais variável, mas com mais upside do mercado imobiliário dentro do portfólio”, brincou.
Ele explicou que está fazendo uma aquisição com valores de dois, três anos atrás com uma inflação de 15% no período. “Os contratos são atípicos, de longo prazo, e o repasse da inflação vai acontecer”, concluiu.
Você assiste ao vídeo com a íntegra desta conversa, além dos outros vídeos da série especial gravada no Fórum GRI 2021 no canal do Clube FII no Youtube.