Investidores de FIIs que reinvestem dividendos registram retorno 40% superior em uma década
Análise demonstra como os juros compostos nos dividendos de Fundos Imobiliários podem impulsionar retorno do investidor

A estratégia de reinvestir os dividendos mensais recebidos de Fundos Imobiliários (FIIs) pode transformar uma carteira de investimentos em uma verdadeira máquina de geração de renda passiva, potencializando significativamente os ganhos no longo prazo. Em análise sobre o assunto, Lana Santos, do Clube FII, explica como o poder dos juros compostos, quando aplicado aos proventos de FIIs, pode gerar um patrimônio até 40% maior em 10 anos, sem a necessidade de aportes adicionais. Você pode assistir o vídeo completo disponível no canal do Clube FII no YouTube clicando aqui: clicando aqui.
“Segundo dados de simulações com o IFIX, Investidores que reinvestiram os dividendos ao longo dos últimos 10 anos tiveram valorização do patrimônio cerca de 40% maior do que aqueles que somente sacaram os proventos. 40% a mais sem colocar um real a mais, só reinvestindo o que você recebe”, ressaltou a analista do Clube FII.

O conceito central é o "efeito bola de neve": ao utilizar os rendimentos para comprar novas cotas, o investidor aumenta sua participação no fundo, o que, por sua vez, gera mais dividendos no mês seguinte. Esse ciclo de retroalimentação é acelerado pela frequência mensal de distribuição dos FIIs. Santos exemplifica que um investimento de R$ 1.000 em um fundo com cotas a R$ 8 e um dividend yield de 0,8% ao mês permitiria a compra de uma nova cota mensalmente apenas com os rendimentos, iniciando um processo de crescimento exponencial.
Para ilustrar o impacto da estratégia, a analista apresentou uma simulação com o fundo HGLG11. Um investidor que aplicou R$ 1.125 em setembro de 2015 teria, após 10 anos, um retorno de 39% considerando apenas a valorização das cotas. Se tivesse embolsado os dividendos, o retorno total subiria para 141%. No entanto, ao reinvestir todos os proventos recebidos no período, o retorno saltaria para impressionantes 204%, demonstrando a força dos juros compostos na prática.
Você pode replicar essa análise para qualquer FII, com ou sem reinvestimento. O Clube FII possui uma ferramenta que mostra graficamente o impacto do reinvestimento no longo prazo, você pode simular o efeito bola de neve acessando o menu Ferramentas > Juros Compostos.
Além do aumento patrimonial, a estratégia permite que o investidor utilize as quedas do mercado a seu favor. Com os preços das cotas mais baixos, os mesmos dividendos conseguem comprar um número maior de ativos, acelerando ainda mais o crescimento da posição. Soma-se a isso a vantagem fiscal, já que os dividendos de FIIs são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, fazendo com que cada centavo seja reinvestido de forma líquida.
Contudo, Lana ressalta que a consistência e a qualidade dos ativos são fundamentais para o sucesso. A queda no preço de uma cota pode ser uma oportunidade em um fundo sólido, mas um sinal de problemas em outro. Portanto, é essencial realizar uma análise criteriosa e reavaliar a carteira periodicamente para garantir que ela permaneça alinhada aos objetivos do investidor.