FIIs de renda vs. valorização: Como montar sua carteira
Especialista explica as diferenças entre os fundos e como combinar as duas estratégias para otimizar seus investimentos

Decidir entre um fluxo de renda mensal constante ou o crescimento exponencial do patrimônio é um dilema central para investidores de Fundos Imobiliários (FIIs). Em vídeo, Danilo Barbosa, Head de Research do Clube FII, desvenda o segredo para construir uma carteira de investimentos bem-sucedida, explicando as diferenças cruciais entre os FIIs de Renda e os de Valorização e como a combinação de ambos pode ser a chave para o sucesso. "Não existe o melhor FII. Existem os melhores FIIs que são ideiais para o seu perfil de risco e para os tipos de meta que você definiu para a sua vida", esclarece. Você pode assistir o vídeo completo disponível no canal do Clube FII no YouTube clicando aqui: clicando aqui.

Barbosa inicia o vídeo destacando um erro comum entre iniciantes: escolher FIIs de forma aleatória, seja pelo maior dividendo ou pelo maior desconto patrimonial, sem uma estratégia definida. Ele explica que, embora todos os fundos gerem alguma renda e valorização, eles são projetados com objetivos distintos. Os FIIs de Renda são focados na distribuição regular de rendimentos, comparáveis a um aluguel mensal. Geralmente, possuem ativos maduros, contratos de longo prazo e inquilinos sólidos, o que resulta em menor volatilidade das cotas e maior previsibilidade dos rendimentos.
Por outro lado, os FIIs de Valorização têm como objetivo principal o aumento do valor das cotas ao longo do tempo, investindo em projetos com maior potencial de crescimento, como imóveis com vacância elevada ou que ainda não atingiram seu potencial máximo de geração de receita. “Nesses ciclos imobiliários também existem momentos de oportunidade de entrada em bons ativos que estão hoje mal precificados em bolsa”, ressalta Barbosa. Essa natureza implica um risco e volatilidade maiores das cotas, mas também um potencial de retorno superior.
Renda ou Valorização: Qual escolher?
Investidores mais jovens ou com maior apetite ao risco podem dar um peso maior aos FIIs de Valorização para acelerar o crescimento do capital. À medida que se aproximam da aposentadoria ou necessitam de um fluxo de caixa mais robusto, a migração para FIIs de Renda se torna mais estratégica.
"Normalmente, investidores mais conservadores ou que já possuem um patrimônio mais consolidado vão dar preferência aos FIIs de renda, enquanto os investidores que estão começando a construir o patrimônio ou possuem outra fonte de renda preferem FIIs de valorização", compara.
Os ciclos de mercado também são determinantes: em períodos de juros altos, os fundos de renda podem ser mais atrativos, enquanto em fases de crescimento econômico, os fundos de valorização oferecem grandes oportunidades. Portanto, a chave é não apenas diversificar, mas também reavaliar periodicamente a carteira para alinhá-la aos objetivos e ao horizonte de tempo de cada um.
A melhor abordagem, segundo o especialista, não é escolher entre um ou outro, mas sim criar uma carteira híbrida, combinando os dois tipos de ativos. “A boa notícia é que você não precisa escolher entre um ou outro. Você pode combinar os dois tipos de ativos e montar estratégias combinando esses dois mundos”, afirma.
O Clube FII possui carteiras recomendadas que aplicam exatamente essa lógica, com estratégias focadas em Renda, Valor e um Mix de ambas. Você pode conhecer todas elas acessando o menu >Serviços e Research > Carteiras Recomendadas. A proporção de cada um deve ser ajustada conforme o momento de vida do investidor e o cenário econômico.