Clube FII leva estúdio de TV para Fórum GRI de Fundos Imobiliários em São Paulo
Em formato híbrido, maior evento de fundos imobiliários do Brasil contou com participantes de todo o país e exterior

Por Luciene Miranda
sexta-feira, 12 de novembro de 2021
Atualizado
Mais de 200 pessoas visitaram o stand do Clube FII no Fórum GRI de Fundos Imobiliários, o maior evento do setor no Brasil, que aconteceu simultaneamente online e presencialmente no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Um estúdio de TV profissional foi montado no stand para os integrantes do Clube FII entrevistarem personalidades do segmento de fundos imobiliários de todo o Brasil.
A parte presencial do evento contou com adaptação para receber o público e, ao mesmo tempo, seguir os protocolos de segurança contra a Covid-19. Todos os participantes tinham a temperatura verificada na entrada do fórum e contaram com recintos amplos e arejados que possibilitaram o distanciamento social necessário. Tanto no salão principal para a apresentação dos painéis com os palestrantes, quanto nas áreas de convivência e coffee break, mesas e cadeiras foram organizados de modo a evitar aglomerações e garantir a segurança do evento.
De acordo com a organização do Fórum GRI, houve a participação presencial de 259 pessoas, além de outros 5 mil participantes online. O público presencial precisou ser reduzido como protocolo de segurança por causa da pandemia. A última versão presencial do evento havia sido em 2019 e contou com a participação de 950 pessoas. Em 2020, auge da pandemia, o evento foi exclusivamente pela internet.
https://www.youtube.com/watch?v=D--WINBNRPc
Impacto e mudanças no segmento de fundos imobiliários com a pandemia
Segundo dados levantados pelo instituto Brain e Clube FII, especialmente para a realização do Fórum GRII de 2021, a pandemia de Covid-19 causou impacto no mercado de fundos imobiliários, que passou por algumas transformações.
Uma pesquisa realizada com uma média de 800 brasileiros acima de 18 anos que investem em fundos imobiliários nos períodos de fevereiro de 2020 (pré-pandemia), junho de 2020 e julho de 2021, apontou uma mudança na forma de investir em fundos e na avaliação dos diferentes setores em fundos imobiliários. A margem de erro da pesquisa é de 3,4%.
Segundo o levantamento, os fundos de recebíveis e os híbridos conquistaram ainda mais a preferência dos investidores em detrimento de outras opções neste mercado após a pandemia. Os fundos imobiliários dos segmentos de shopping centers e hotéis tiveram um recuo na preferência dos entrevistados.
Outra informação importante levantada pela pesquisa foi em relação aos principais riscos com os fundos imobiliários. Em 2020, os investidores consideraram a inadimplência como maior risco. Já este ano, riscos ligados à administração ganharam um peso maior na avaliação do público.
Sobre a rentabilidade, a parcela que considerou a opção “dentro das expectativas” teve uma ligeira redução este ano, caindo de 75% para 71% dos entrevistados entre 2020 e 2021, mas ainda representando a maioria.
Quanto às opções do mercado que oferecem menor rentabilidade, os entrevistados apontam os fundos de shopping centers, hotéis e lajes corporativas, nesta ordem. De 2020 para 2021, a opção lajes corporativas se acentuou como pouco rentável na avaliação dos entrevistados.
Em geral, a maioria dos investidores de fundos imobiliários - 48% do total - é otimista com as perspectivas de crescimento do setor em 2021. Para 2022, este percentual sobe para 69% dos entrevistados.
Em relação ao pagamento de dividendos, 57% dos investidores responderam que houve diminuição em 2021 e 36% disseram que permaneceram estáveis. Um percentual de 6% disse que os pagamentos de dividendos aumentaram e 1% que foram suspensos.
Perguntados sobre a venda de fundos de determinados setores, 77% respondeu com a opção Shopping Centers no levantamento feito em 2020. Este ano, o percentual caiu para 50%.
O segmento Fundos imobiliários de Shopping Centers ganha destaque também em relação à estratégia de redução de cotas pelos investidores. Do total de entrevistados, 69% escolheu esta opção em 2020, mas este percentual caiu para 60% este ano.