BCIA11 aumenta exposição em CRIs após tarifas dos EUA
Em julho, BCIA11 elevou a alocação em recebíveis para 46,5% como medida de proteção à carteira.

O fundo de fundos (FOF) Bradesco Carteira Imobiliária Ativa (BCIA11) realizou um ajuste em sua carteira no mês de julho, aumentando a exposição em ativos de recebíveis imobiliários como resposta a um cenário de maior incerteza macroeconômica. A mudança foi motivada, segundo o relatório gerencial, pelo recrudescimento da política tarifária dos Estados Unidos em relação ao Brasil.
Gerido pela Bradesco Asset Management, o fundo elevou sua alocação em recebíveis de 45,8%, registrada em junho, para 46,5% em julho. Em contrapartida, a posição em fundos de tijolo foi reduzida, passando de 54,2% para 53,5% no mesmo período. A gestora afirmou que a movimentação visa reforçar a posição de caixa e proteger a carteira.

Apesar da queda na cota patrimonial, de R$ 99,44 para R$ 97,49, o resultado por cota apresentou aumento, saindo de R$ 0,81 para R$ 0,98. O fundo manteve a distribuição de rendimentos em R$ 0,84 por cota. Outro indicador que sofreu alteração foi o "duplo desconto", que combina o deságio da cota de mercado do BCIA11 com o desconto médio dos FIIs em carteira, que subiu de 23,7% em junho para 25,3% em julho.
O Clube FII oferece acesso a esses e outros indicadores. Você pode acompanhar a evolução da cota patrimonial e de mercado na página completa do BCIA11 em nossa plataforma.
Os ajustes na carteira do BCIA11 indicam um posicionamento mais defensivo da gestão, que busca mitigar os riscos provenientes do cenário externo e seus impactos sobre os ativos imobiliários brasileiros mais sensíveis ao ciclo econômico.