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    Mercado Imobiliário

    Do monousuário ao multicliente: como o retrofit transforma condomínios logísticos?

    Processo adapta grandes estruturas para demandas atuais, elevando classificação e prolongando a vida útil dos ativos

    Por SiiLA
    segunda-feira, 8 de setembro de 2025 Atualizado 2 dias atrás

    Engana-se quem pensa que esse processo é exclusivo de edifícios corporativos. Galpões logísticos também podem ser transformados e reposicionados, como explica Marino Mario, CEO da Retha - empresa especializada em administração de condomínios, desenvolvimento de parques logísticos e industriais, gerenciamento de obras, comercialização e assessoria em investimentos.


    "Um retrofit nada mais é do que um imóvel concebido para uma finalidade que, ao longo do tempo, passa por mudanças e se adapta ao que o mercado precisa hoje", afirma o executivo.

     

    Do monousuário ao multicliente: como o retrofit transforma condomínios logísticos?
    Marino Mario, CEO da Retha


    Mais que adaptação, reposicionamento


    O movimento de retrofit no setor logístico é impulsionado por fatores de mercado. A escassez de terrenos bem localizados, os custos crescentes de novas construções e a pressão por rapidez na ocupação tornam a modernização de estruturas já existentes uma saída estratégica.


    Segundo Mario, o processo vai além de ajustes funcionais: eleva a classificação do ativo, aumenta sua rentabilidade e melhora a experiência dos ocupantes. "Imagine um galpão projetado para um único inquilino, mas que já não atende mais às necessidades atuais. O retrofit permite subdividi-lo em módulos. Não é apenas erguer paredes: é instalar energia, água, banheiros, vestiários, escritórios e toda a infraestrutura de comunicação. O que antes era uma única portaria precisa se transformar em várias unidades, cada uma com suas próprias demandas."


    A lista de intervenções inclui sistemas de segurança, hidráulica, alarmes e detecção de incêndio. A logística de acesso também entra em pauta, já que há casos em que o imóvel deixa de ser monousuário e passa a receber múltiplos clientes.


    Cases


    Um exemplo emblemático é o Business Park Osasco. A Retha conduziu a adaptação de uma antiga indústria, com área construída de 105.922 m² em um terreno de 155.186 m², transformando o ativo de monousuário em condomínio industrial e logístico multicliente.


    Outro caso é um projeto recém-iniciado, no qual o proprietário decidiu vender e modular um galpão antes utilizado integralmente. “Normalmente, o cliente nos procura porque ocupava o imóvel sozinho e, depois, opta por vender ou subdividir. Fazemos então uma análise completa: pintura, conservação, manutenção, divisões possíveis, orçamento e despesas. A partir daí, estruturamos a associação condominial, contratamos segurança, portaria e toda a operação necessária para o empreendimento funcionar", explica Mario.


    Olhando para frente


    Além da eficiência operacional, o retrofit também responde a uma demanda crescente do mercado por práticas ESG. Ao reaproveitar estruturas já existentes, evita-se a necessidade de novas obras em terrenos escassos, reduzindo impactos ambientais. É uma solução, indicam os especialistas, que conversa diretamente com a agenda de sustentabilidade e de responsabilidade socioambiental dos investidores.


    O retrofit deve ganhar ainda mais espaço no setor logístico brasileiro, sobretudo em regiões metropolitanas, onde a escassez de terrenos é maior e a demanda por consumo segue em alta. A tendência é que esse movimento se intensifique nos próximos anos, dando nova vida a imóveis antes de uso limitado e transformando-os em ativos modernos, eficientes e com maior liquidez no mercado.

     


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