GGRC11 consegue penhora de R$ 5,3 milhões em bens da Covolan
Valor é referente à parte de indenizações do seguro após o incêndio no imóvel do interior de SP alugado pela indústria têxtil

O Fundo Imobiliário GGR Covepi Renda (GGRC11) conseguiu na justiça a penhora de parte das indenizações que cabem à indústria têxtil Covolan até R$ 5,3 milhões do seguro por causa do incêndio que atingiu o imóvel alugado pela empresa, em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo, na noite de 5 de fevereiro.
O incêndio no galpão não causou vítimas. O fogo atingiu 5 mil metros quadrados de um total de 38,1 mil metros quadrados de área construída. A perícia do seguro ainda está em andamento e estima uma indenização total perto de R$ 10 milhões para os danos à estrutura do galpão, equipamentos e matéria-prima.

A concessão do pedido de penhora foi no último dia 7 de julho, de acordo com a Capital Markets e a Zagros, administradora e gestora do fundo. O pedido foi referente apenas aos valores de indenização que cabem à Covolan, ou seja, maquinário e insumos de produção. As indenizações relacionadas aos danos à construção já são de direito do fundo.
Na mesma decisão judicial, foi deferida a expedição de certidão de averbação premonitória no registro de imóveis, veículos ou outros bens sujeitos à penhora ou arresto que sejam de propriedade da Covolan e de seus fiadores. Assim, o fundo garante que a locatária ou os fiadores não vendam bens antes da decisão final da justiça sobre outros processos entre as partes.
Uma disputa judicial entre o GGRC11 e a locatária sobre o valor da locação teve início em agosto de 2021, quando a Covolan conseguiu uma liminar que a autorizava a pagar apenas 60% do valor do contrato.
O fundo recorreu da decisão da justiça e conseguiu, em novembro, a suspensão da liminar. Este recurso foi julgado e confirmado pela corte por unanimidade em 15 de dezembro.
No início de julho deste ano, o GGRC11 anunciou um outro processo na justiça contra a Covolan. Desta vez, uma ação de despejo da inquilina após o fundo não obter sucesso em reaver valores vencidos de aluguéis e também no cumprimento do contrato de locação por meio de medidas extrajudiciais.
O imóvel ocupado pela Covolan é o terceiro maior ativo do GGRC11, com 9,83% de representatividade na carteira. O valor é calculado em R$ 87,4 milhões.