A Vinci Real Estate Gestora de Recursos, gestora do Fundo de Investimento Imobiliário (FII) Vinci Offices (VINO11), informou a conclusão da venda do imóvel localizado na Alameda Araguaia, nº 1222, em Alphaville, Barueri (SP), sede administrativa da C&A Modas S.A. O ativo foi vendido por R$ 40 milhões, o que equivale a R$ 5.063 por metro quadrado (m²) de área bruta locável (ABL), com pagamento à vista.

"A venda do Ativo está alinhada à estratégia de reciclagem de portfólio e ao reforço da estrutura de capital do Fundo, reduzindo a alavancagem total e o custo médio de suas obrigações", destacou o comunicado ao mercado. Com os recursos da transação, o fundo realizou a recompra antecipada e integral das 1ª e 2ª séries da 81ª emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Opea Securitizadora S.A., no valor total de R$ 34,6 milhões. Essa dívida, denominada "CRI VINO", possuía vencimento em dezembro de 2030 e remuneração de CDI + 3,5% ao ano, sendo que a recompra proporcionou uma redução de aproximadamente 15% nas despesas financeiras do fundo. 

A operação resultou em um impacto negativo de R$ 0,152 por cota, que será absorvido pelo resultado acumulado não distribuído. Segundo a gestora, isso não altera a projeção de rendimentos até o final de 2025, conforme o último relatório mensal. A venda gerou uma taxa interna de retorno (TIR) de 5,2% ao ano e um múltiplo de capital investido (MOIC) de 1,23x, considerando o recebimento dos aluguéis e a ausência de custos operacionais para o fundo, já que a locatária arcava com essas despesas.

"Os efeitos diretos combinados da venda do Ativo e recompra integral do CRI VINO resultam em um incremento líquido no resultado recorrente do Fundo, de aproximadamente R$ 0,001/cota, equivalente a um acréscimo de cerca de 3% no resultado caixa recorrente", adiciona o documento.

O imóvel, adquirido em 2020 por R$ 46,8 milhões, representava cerca de 5% do resultado imobiliário do portfólio. Em 2024, foi firmado acordo com a locatária que reduziu o valor de aluguel em definitivo e estendeu o contrato até 2032. Agora, o novo proprietário assumirá o pagamento das parcelas restantes do allowance acordado com a locatária, no valor de R$ 750 mil.

Após a transação, o fundo passa a contar com nove ativos concentrados nos mercados corporativos de São Paulo e Rio de Janeiro. A recompra do CRI VINO também permitiu a liberação das garantias associadas à dívida. Com a operação e outros ajustes financeiros, o fundo estima manter caixa suficiente para cobrir suas obrigações até o segundo semestre de 2027, considerando apenas fluxos financeiros já contratados.