RCRB11 eleva guidance de dividendos para o segundo semestre de 2025
Fundo projeta distribuição mensal de R$ 0,92 por cota, aumento de 6,2% em relação ao primeiro semestre

O Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), Fundo de Investimento Imobiliário (FII) de lajes corporativas gerido pela Rio Bravo Investimentos, revisou para cima seu guidance de distribuição para o segundo semestre de 2025, de acordo com último relatório gerencial, referente ao mês de junho. A nova projeção indica pagamentos mensais de R$ 0,92 por cota, valor 6,2% superior à média de R$ 0,87 por cota registrada no primeiro semestre do ano.
“Aumentar a previsão dos rendimentos para o semestre só foi possível em razão da forte absorção da vacância, com locações aceleradas nos últimos tempos, que se reflete no resultado final do fundo, e, por consequência, dos cotistas”, destaca Anita Scal, Sócia e Gestora de Fundos Imobiliários da Rio Bravo.

De acordo com a gestora, o novo patamar de distribuição do RCRB11 representa um aumento de 40% em relação aos valores pagos em 2022, período no qual a inflação acumulada foi de aproximadamente 14% entre junho de 2022 e junho de 2025. Com isso, o rendimento do fundo avançou quase três vezes mais do que a inflação no mesmo intervalo. Comparativamente, a NTN-B 2035 oferece atualmente um retorno real de cerca de 7,5% ao ano, enquanto o RCRB11 apresenta um prêmio de 3,3 pontos percentuais acima da curva longa do Tesouro, mantendo, segundo a gestora, uma estrutura de risco compatível com ativos classificados como premium.
Conforme o relatório gerencial, a readequação está associada à absorção de vacância e à revisão das despesas previstas. A linearização do guidance tem como objetivo dar maior previsibilidade aos cotistas em um ambiente marcado por inflação elevada e seletividade no mercado de capitais.
Além do aumento no guidance, o fundo apresentou um FFO (Funds From Operations) de R$ 1,12 por cota/mês, representando um yield anualizado de aproximadamente 10,8% com base na cotação ao final do período analisado. O FFO considera apenas os resultados operacionais recorrentes do fundo, excluindo efeitos financeiros e extraordinários, e é um dos principais indicadores para avaliar a capacidade de geração de caixa do portfólio.
A gestão mantém posição em cotas de outros FIIs e alavancagem controlada em cerca de 13% do patrimônio líquido. Há também um pipeline ativo para a venda de imóveis, com expectativa de alienação até o primeiro trimestre de 2026. Caso os ativos sejam vendidos próximos ao valor de avaliação, a operação pode gerar aproximadamente R$ 139 milhões. Os recursos poderão ser direcionados "para reforço de caixa e novas aquisições, contribuindo para a estabilidade financeira e oportunidades futuras de crescimento do
portfólio", de acordo com o documento.
O fundo RCRB11 encerrou o período de junho com nove ativos em portfólio, totalizando uma Área Bruta Locável (ABL) de 43.448 m² e registrando vacância física de 0,8% e vacância financeira de 13,4%. A distribuição por cota no mês foi de R$ 0,89, com yield anualizado de 7,9%. O fundo possui 53 inquilinos, patrimônio líquido de R$ 741,42 milhões e valor de mercado de R$ 498,24 milhões. O preço de fechamento da cota foi de R$ 135,00, com valor negociado de R$ 13.183 por metro quadrado e volume médio diário negociado de R$ 742 mil.