Hedge anuncia inadimplência e renovação de contrato de aluguel na região da Paulista
Movimentação foi com dois imóveis na cidade de São Paulo que pertencem ao Fundo Imobiliário Hedge Office Income (HOFC11). Juntos, ativos representam mais de 45% da carteira do FII

A administradora Hedge Investments atualizou o mercado com comunicados nesta segunda-feira (30) sobre inadimplência e prorrogação de contratos de locação de imóveis pertencentes ao Fundo Imobiliário Hedge Office Income (HOFC11) na região da Avenida Paulista.
Um dos ativos é o Edifício Alamedas, na Alameda Santos nº 1039, que teve a vigência de locação estendida por mais 84 meses até 19 de dezembro de 2029.

De acordo com a Hedge, o Edifício Alamedas representa 5,76% da área locável do fundo e o novo valor do aluguel é 6,85% superior ao do encerramento do contrato em dezembro de 2022.
Ainda segundo o comunicado, a operação não muda a projeção de distribuição de rendimentos aos cotistas.
Inadimplência na carteira do HOFC11
O HOFC11 também divulgou que entrou com ações de despejo e de execução contra a locatária Resource Tecnologia e Informática por falta de pagamento de aluguéis e taxas de condomínios de 18 conjuntos comerciais no Edifício Rachid Saliba, na Rua Bela Cintra 986, também na região da Avenida Paulista.
A locatária ocupa 3.747 metros quadrados, o que corresponde a cerca de 30,3% da área locável do edifício e 8,7% da área locável total do fundo.
Edifício Rachid Saliba na Rua Bela Cintra, em São Paulo, onde o HOFC11 enfrenta inadimplência de locatário em 30,3% da área locável do imóvel e 8,7% da área locável total do fundo (Foto: Reprodução - Relatório Gerencial)
A ações ocorreram pela falta de pagamento dos aluguéis referentes aos meses de novembro e dezembro de 2022.
Houve também inadimplência dos encargos de condomínio do edifício referentes aos meses de dezembro de 2022 e de janeiro de 2023.
De acordo com a Hedge, o montante total atualizado devido pela locatária é de R$ 849.676,20, equivalente a cerca de R$ 0,22 por cota do fundo.
Ainda segundo a administradora, foi declarado vencimento antecipado da dívida confessada no segundo aditivo ao contrato de locação assinado em novembro de 2022.
Na ocasião, foi estabelecido parcelamento para pagamento dos aluguéis de competência de julho a outubro de 2022, além dos condomínios dos meses de agosto a novembro de 2022. O valor total atualizado é de R$ 1,24 milhão, equivalente a R$ 0,33 por cota do fundo.
Somados os valores, o total devido pela locatária ao fundo é de R$ 2,09 milhões, que corresponde a cerca de R$ 0,55 por cota do fundo.
Em 24 de janeiro de 2023, o fundo enviou uma notificação extrajudicial para a Columbia Investimentos & Participações, fiadora do contrato de locação. Não houve resposta até o momento.
A Hedge também informou que o aluguel e os encargos de condomínio totalizam cerca de R$ 0,09 por cota do fundo, valor que pode ser reduzido do resultado operacional mensal e, como consequência, do rendimento a ser distribuído pelo HOFC11 aos cotistas.
----------------------------
O fundo anunciou na noite desta terça-feira (31) que recebeu uma comunicação da Columbia Investimentos & Participações, fiadora do contrato de locação, informando que a apólice emitida em 1 de setembro de 2022 foi cancelada quatro dias depois devido à não apresentação de documentos obrigatórios pela locatária.
Neste sentido, o fundo apresentou emenda à petição inicial da ação de despejo com a inclusão do pedido de despejo liminar, sendo necessária a prestação de caução em valor correspondente a três aluguéis mensais.
A caução será devolvida ao fundo no encerramento da ação. Além disso, em função da irregularidade em relação à prestação da garantia prevista no contrato, a locatária incorreu em infração contratual. Por isso, deve ao fundo multa correspondente a três aluguéis vigentes que será acrescida ao saldo devedor e à ação de execução.