Os cotistas do Fundo Imobiliário REC Renda Imobiliária (RECT11) aprovaram em assembleia especial mudanças na operação de securitização do saldo devedor dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) referentes à aquisição a prazo do Edifício Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro.

A emissão dos títulos de CRI foi da Opea Securitizadora.

Uma das medidas é a amortização extraordinária de cerca de R$ 7,6 milhões nos próximos quatro dias com recursos do fundo.

Outra decisão da assembleia foi pela dispensa da obrigação do RECT11 de realizar os depósitos trimestrais previstos para junho e setembro. Como consequência, foi cancelada a amortização extraordinária prevista para setembro.

Os cotistas do RECT11 também votaram pela concessão de carência de 12 meses para o pagamento da amortização dos CRIs a partir de julho.

Ainda de acordo com o comunicado da BRL Trust, administradora do fundo, haverá o pagamento pontual de juros e correção monetária no valor de R$ 3,9 três milhões em junho.

No entanto, nos 12 meses de carência da amortização, o RECT11 realizará estes pagamentos no valor de R$ 1,3 milhão.

A correção mensal será pelo IPCA a partir do primeiro pagamento em julho.

A administradora também informou que os pagamentos serão caracterizados como despesa financeira caixa e reduzirão o resultado caixa mensal do fundo.

Com isso, a estimativa é que o novo patamar de distribuição mensal de rendimentos aos cotistas do RECT11 fique em torno de R$ 0,40 por cota a partir de maio de 2023.

Desde janeiro de 2023, o pagamento de dividendo mensal por cota foi de R$ 0,54.

Segundo a BRL Trust, as medidas permitirão que o fluxo de caixa do RECT11 fique mais saudável, sem a necessidade de captação de recursos durante o ano.

Ainda de acordo com a administradora, o passivo do RECT11 referente à aquisição a prazo do Edifício Barra da Tijuca será reduzido em cerca de 6%.