O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11), gerido pela Rio Bravo, anunciou a venda de um novo ativo em sua estratégia de reciclagem de portfólio, que soma 22 imóveis e movimentou R$225,5 milhões, com ganho de capital de R$70,5 milhões. Conforme fato relevante divulgado nesta sexta (08), o fundo assinou escritura pública para venda do imóvel São Matheus (Jardim Tietê), localizado em São Paulo, atualmente locado para a Caixa Econômica Federal. O valor da venda é de R$5,5 milhões (R$ 5.863,54 por m²), com pagamento em cinco parcelas.

A primeira parcela foi de R$1,5 milhão, já recebida pelo fundo com assinatura da escritura. As outras parcelas, de R$1 mi cada, serão pagas mensalmente. O documento aponta que a operação gerou lucro para o fundo de R$ 572.117,24, ou R$ 0,004 por cota, que  passará a compor a fatia de ganhos extraordinários da distribuição. O valor de venda superou o valor do custo de aquisição em 14,2%, e o valor do último laudo de avaliação do Imóvel, realizado em dezembro de 2024, em 23,6%. A venda gerou uma taxa interna de retorno (TIR) de 11,87% ao ano, o que corresponde a IPCA + 6,07% ao ano ou CDI + 3,26% ao ano.

Ganho entre preços de venda e de laudos soma R$42,5 milhões

Essa é a 20ª venda de agência bancária do fundo, em estratégia de reciclagem de portfólio  que apresentou uma diferença entre os valores dos laudos de avaliação e os valores efetivo das vendas de R$ 42,5 milhões. As vendas são realizadas com uma TIR média de 15% ao ano.

Com a venda, o fundo diminuiu sua exposição ao setor financeiro, diversificando seu portfólio. Antes concentrado no setor bancário, hoje, o maior inquilino em termos de receita é do setor de educação. A Cogna lidera em percentual de receita, com 25,6%, seguida da Caixa, com 25,2%, e do Santander, que corresponde a 14,5%.

“Como resultado, nenhum inquilino representa atualmente mais de 26% da receita contratada do Fundo, evidenciando uma importante diversificação na origem dos recursos imobiliários”, destaca a gestora no documento divulgado ao mercado.

“Graças à nossa expertise no mercado imobiliário, conseguimos encontrar o comprador certo para cada imóvel. A gestão da Rio Bravo tem se mostrado eficiente na condução de vendas, mesmo em um cenário desafiador, com a Selic a 15%. Ainda assim, temos recebido propostas de compradores dispostos a pagar valores acima da avaliação”, explica Alexandre Rodrigues, Gestor de Fundos da Rio Bravo Investimentos.

Segundo a gestora, os recursos obtidos com a venda de agências bancárias estão sendo reinvestidos em imóveis core, com contratos atípicos de longo prazo. Entre os exemplos, estão o BTS para a Portobello na Alameda Gabriel, com prazo de 20 anos, e as unidades locadas para a Pernambucanas.

“Não estamos apenas vendendo imóveis; estamos mudando a essência do fundo. A cada venda, reduzimos a exposição aos grandes bancos e abrimos espaço para novas teses com maior retorno, mais liquidez e aderência ao mercado atual.”, completa Rodrigues.