O Rio Bravo Renda Varejo Fundo de Investimento Imobiliário (RBVA11) informou a assinatura de distrato parcial do compromisso de compra e venda firmado em 2012 com a Caixa Econômica Federal, envolvendo três imóveis cuja regularização documental não foi concluída dentro do prazo previsto. O acordo estabelece o ressarcimento ao fundo do valor originalmente pago pelos ativos, atualizado pelo IGP-M, totalizando R$ 31,7 milhões. De acordo com fato relevante, R$ 19 milhões já foram recebidos e R$ 12,7 milhões serão pagos em janeiro de 2026.

A operação gerou lucro de R$ 17.676.097,22, equivalente a R$ 0,113 por cota, com taxa interna de retorno de 16,9% ao ano no período de 13 anos. O fundo informou também uma entrada de caixa de R$ 14 milhões decorrente das alienações. Os imóveis devolvidos estão localizados nos bairros de Guaianases, Pirituba e Planalto Paulista, na cidade de São Paulo, e a devolução decorre de pendências documentais atribuídas à CEF, que desde 2012 era responsável pela regularização.

Segundo o histórico apresentado, parte dos imóveis adquiridos em operação de sale and leaseback permaneceu sem regularização mesmo após ações judiciais, renegociações e notificações extrajudiciais. Em 2025, diante da manutenção das pendências, o fundo exerceu a opção contratual de distrato, com devolução da posse indireta e ressarcimento atualizado.

“A Rio Bravo preza pela segurança contratual e temos bastante cuidado e diligência em amarrar todas as pontas da operação. É um trabalho de bastidor que poucas pessoas têm ideia. Para esse caso, era uma garantia de que a Caixa regularizaria os imóveis ou teria que retomá-los com a devida correção. No final do dia, a TIR é bastante positiva pois além de contar com 13 anos de fluxo mensal de aluguéis, o IGP-M no período foi de 133%, o que é muito relevante", destacou em nota Alexandre Rodrigues, sócio e gestor de Fundos Imobiliários da Rio Bravo Investimentos.

A gestora informou que o ganho de capital será incorporado às distribuições extraordinárias previstas para o segundo semestre de 2025, o que reforça a liquidez de curto prazo do fundo e reduz a exposição ao setor bancário para menos de 24% do portfólio. “A operação foi positiva não apenas pelo valor atualizado pago pela Caixa, mas também pela redução da nossa exposição ao setor bancário, que nos permite explorar novas oportunidades de crescimento e diversificação”, completa Rodrigues.