Em continuidade às comunicações anteriores, a Vale confirma que a Alta Corte da Inglaterra considerou a BHP Group Ltd. e a BHP Group UK Ltd. responsáveis, sob a legislação brasileira, pelo rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco Mineração, em 2015. A decisão também confirma a validade das renúncias e termos de quitação assinados por reclamantes já indenizados no Brasil, o que resultará na redução do número de reclamantes e do valor das demandas.

Em julho de 2024, a Vale e a BHP firmaram um acordo confidencial que estabelece que a responsabilidade financeira será compartilhada igualmente entre as duas empresas por qualquer valor que a BHP ou a Vale venha a ser condenada a pagar nos respectivos processos em andamento na Inglaterra e na Holanda. Vale e BHP permanecem confiantes de que o Acordo Definitivo, assinado em outubro de 2024 no Brasil, oferece os mecanismos mais rápidos e eficazes para compensar os impactados.

O próximo passo na Reivindicação do Reino Unido está sujeito ao resultado de um possível recurso da BHP contra a decisão da primeira fase. Um segundo julgamento está previsto para iniciar em outubro de 2026 e se estender até o segundo trimestre de 2027, onde será determinado se a BHP causou os prejuízos alegados e questões relacionadas ao valor dessas perdas. Após as decisões e recursos dessa fase, o valor das perdas e eventuais indenizações poderão ser objeto de um terceiro julgamento.

Em outubro de 2024, a Samarco, BHP Billiton Brasil e Vale celebraram um acordo abrangente de US$ 32 bilhões com autoridades brasileiras para a quitação integral das principais ações no Brasil relacionadas ao rompimento da barragem. O Acordo prevê ampla reparação dos impactos ambientais e sociais, incluindo saneamento básico, fortalecimento do sistema público de saúde, recuperação econômica e compensação por danos coletivos a comunidades afetadas.

Desde 2015, as empresas envolvidas destinaram US$ 13 bilhões para ações de reparação e compensação. Mais de US$ 6 bilhões foram pagos a aproximadamente 610 mil pessoas afetadas, incluindo cerca de 240 mil requerentes no Reino Unido que concederam quitação de reivindicações relacionadas. A recuperação ambiental das áreas impactadas está avançando, com a reconstrução das comunidades de Novo Bento Rodrigues e Paracatu alcançando 98% de conclusão.

Considerando os desdobramentos, a Companhia estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras para obrigações decorrentes do rompimento da barragem de Fundão. Até setembro de 2025, a Vale já havia reconhecido uma provisão de US$ 2,401 bilhões para obrigações sob o Acordo Definitivo no Brasil.

Os desembolsos futuros relacionados ao Acordo Definitivo permanecem alinhados aos valores divulgados no release de resultados do terceiro trimestre de 2025.