VISC11 vende parte de três shoppings por R$ 297,5 milhões
Fundo Imobiliário Vinci Shopping Centers receberá em parcelas até 2025. Recursos serão usados para pagar obrigações nos próximos dois anos, informam administradora e gestora

O Fundo Imobiliário Vinci Shopping Centers (VISC11) vendeu parte de três shopping centers do portfólio por um total de R$ 297,5 milhões.
A operação incluiu a venda de 10% do Villa Romana Shopping, em Florianópolis (SC), 9% do Shopping Iguatemi Bosque, em Fortaleza (CE) e 5% do Ribeirão Shopping, na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

A efetiva conclusão da alienação depende do cumprimento de condições precedentes, incluindo a formalização dos documentos definitivos, conclusão da diligência dos ativos e ausência do exercício do direito de preferência por coproprietários.
De acordo com o comunicado divulgado pela BRL Trust e Vinci, administradora e gestora do fundo, o cap rate estimado da transação é de 7,3%, com base no NOI caixa apurado nos últimos 12 meses encerrados em abril de 2023.
O NOI é a sigla para Net Operating Income, que significa Receita Operacional Líquida.
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Após a conclusão da transação, o fundo permanecerá com 10% do Villa Romana Shopping, 6% do Shopping Iguatemi Bosque e o equivalente a 15,3% do Ribeirão Shopping.
O valor total da transação será recebido pelo fundo de forma parcelada. A primeira prestação de 25% do valor já foi quitada como sinal na operação. Em seguida, 42% deverão ser pagos em janeiro de 2024, 15% em julho do mesmo ano, e 18% em janeiro de 2025. As parcelas serão corrigidas pelo IPCA.
Caso a transação seja efetivada, o ganho de capital gerado pela venda representa um resultado caixa extraordinário não recorrente de cerca de R$ 94,2 milhões, o equivalente a R$ 5,07 por cota.
Com a correção das parcelas a prazo por IPCA, o resultado gerado total pela transação até janeiro de 2025 deverá ser de R$ 100,6 milhões, o equivalente a R$ 5,41 por cota.
“A transação, além da reciclagem de portfólio, irá permitir a geração de caixa para honrar com as obrigações do fundo para os próximos dois anos, bem como um ganho de capital expressivo aos cotistas”, informaram a BRL Trust e a Vinci.