O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu pela manutenção da taxa básica de juros – também conhecida como taxa Selic – em 13,75% ao ano pela sétima reunião consecutiva.

A última mudança na taxa Selic foi no encontro de agosto de 2022 com a decisão pela elevação dos juros em 0,50 ponto percentual.

Segundo Thiago Otuki, economista do Clube FII, não houve surpresa na decisão do comitê do Banco Central.

“O consenso de mercado já indicava que seria pouco provável o início da queda da Selic em junho. E está evidente que o Banco Central, na figura do Roberto Campos Neto em particular, é de maior conservadorismo no momento de iniciar o afrouxamento monetário”.

Para o economista, a dúvida agora é quando será a primeira queda da Selic: se ocorrerá em agosto ou setembro.

“Para os investidores, está evidente que o cenário tem melhorado a cada dia e reflete nos juros futuros, Ibovespa, dólar e no IFIX [Índice de Fundos Imobiliários da B3]”.

Ainda de acordo com Otuki, essa leitura é mais importante do que acertar a data exata do início da queda da Selic.

“Chama a atenção o Relatório Focus divulgado na segunda-feira (19) pelo Banco Central. A previsão do IPCA para 2023 cai pela quinta semana seguida e está em 5,12%. Em 2024, está em 4%. Ou seja, estaríamos na banda da meta em meados de abril de 2024”.

Outro destaque, na visão de Otuki, é que, pela primeira vez em semanas, a previsão da Selic em 2023 cai de 12,50% para 12,25%. E para 2024, pela primeira vez, é reduzida para abaixo dos 10%, a 9,50%.

Nos investimentos em Fundos Imobiliários, o economista mantém a projeção de bons negócios.

“Avaliando o mercado de FIIs, fica evidente que ainda temos oportunidades de compra tanto em tijolo, como em FIIs de papel”. 

Com a decisão desta quarta-feira (21), as aplicações financeiras pós-fixadas que rendem 100% do CDI permanecem com o rendimento equivalente a 0,051% ao dia.

A próxima reunião do Copom será nos dias 1º e 2 de agosto.