A regulamentação dos Fundos de Investimentos das Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é de meados de 2021. No entanto, apesar de recente, este instrumento vem se destacando no mercado financeiro brasileiro, principalmente, em 2022.

O que chama a atenção é o rápido e consistente crescimento no número de investidores em Fiagros. De acordo com o último relatório da B3, a bolsa brasileira, a quantidade de cotistas destes fundos teve aumento de 23,93% entre agosto e setembro, passando de 93.562 para 115.949 cotistas.

O Fórum GRI 2022 trouxe quatro representantes do segmento entre as principais gestoras de Fiagros do país: Guilherme Grahl, associado para Agronegócio da Valora Investimentos, Gustavo Almeida, responsável pela área de originação Agro da XP Asset Management, Mário Lewandowski, diretor de Desenvolvimento de Negócio da AGBI e Paulo Mesquita Prado, sócio e responsável pela área de Agronegócios da Riza Asset.

O grupo abriu a discussão falando sobre as diferenças, vantagens e desvantagens dos Fiagros.

“Serve para comprar participação quase como um private equity do agronegócio. O charme é a isenção de IR”, afirmou Prado.

Os convidados também lembraram do potencial de financiamento de projetos no setor agrícola com os Fiagros diante de uma grande demanda do setor por crédito.

“O Fiagro chega como uma estratégia de sublinhar o agronegócio. O mercado financeiro demorou para chegar ao setor”, disse Lewandowski.

Para Grahl, uma das vantagens dos Fiagros é desbravar terrenos inexplorados.

"O agro é tão relevante na economia brasileira que até os bolsos grandes não são suficientes para financiá-lo", pontuou.

O Fórum GRI 2022 é realizado no hotel Tivoli Mofarrej, na cidade de São Paulo, nesta quinta-feira (27) de maneira híbrida, com participações presenciais (vagas já esgotadas) e online.

Para acessar as palestras em tempo real, clique neste link e faça a inscrição gratuitamente.