PIB brasileiro cresce 1% no primeiro trimestre de 2022
Soma de todos os produtos e serviços produzidos pelo Brasil avança no início deste ano, mas está longe do ideal para o setor de Fundos Imobiliários segundo economista do Clube FII, Thiago Otuki

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022 na comparação com o quarto trimestre de 2021 na série com ajuste sazonal, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o PIB apresentou crescimento de 1,7%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2022, o PIB cresceu 4,7%, comparado aos quatro trimestres anteriores.

Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2022 totalizou R$ 2,249 trilhões.
No primeiro trimestre de 2022, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, abaixo da registrada no mesmo período de 2021, que foi de 19,7%.
Ainda segundo o IBGE, houve queda na Agropecuária de 0,9%, estabilidade na Indústria em 0,1%, e elevação dos Serviços em 1%.
Na indústria, houve crescimento nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos em 6,6%, Indústrias de Transformação em 1,4% e Construção 0,8%.
O único desempenho negativo ocorreu nas Indústrias Extrativas que recuaram -3,4%.
No setor de serviços, houve crescimento em Outros serviços em 2,2%, Transporte, armazenagem e correio em 2,1%, Comércio que respondeu com 1,6%, Atividades imobiliárias em 0,7% e Administração, saúde e educação pública com alta de 0,6%.
Houve quedas nos segmentos de Informação e comunicação de 5,3% e de Intermediação financeira e seguros em 0,7%.
Em relação às despesas, a Despesa de Consumo das Famílias aumentou 0,7%, a Despesa de Consumo do Governo ficou estável em 0,1% e a Formação Bruta de Capital Fixo caiu 3,5%.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços caíram 4,6% em relação ao quarto trimestre de 2021.
O setor de Construção registrou avanço de 9% na quinta alta consecutiva.
O PIB e os Fundos Imobiliários
Segundo o economista do Clube FII News, Thiago Otuki, o investidor de Fundos Imobiliários foca muito na taxa de juros e na inflação para a sua avaliação e tomada de decisão. Mas é importante não esquecer que todos os segmentos do mercado imobiliário são impactados pelo nível de atividade econômica.
“Esse é o grande debate hoje. Como manter a economia brasileira com um crescimento sustentável e consistente no longo prazo”.
Otuki lembra que a redução da vacância e aumento do aluguel do segmento corporativo, por exemplo, dependem da retomada do crescimento. Outro exemplo é dos FIIs do setor de shopping centers em que parte da receita é atrelada ao faturamento dos lojistas.
Na opinião do economista, o crescimento de 1,7% do PIB em relação ao 1º trimestre de 2021 já é um começo, mas ainda longe do satisfatório depois de uma década de recessão e estagnação.
“Temos um grande desafio pela frente e uma retomada mais consistente vai depender das reformas e das políticas adotadas pelo próximo governo”, conclui.