O número de investidores do mercado de Fundos Imobiliários cresceu 11,15% no primeiro semestre de 2022, saindo de 1.545.943 na leitura de 31 de dezembro de 2021 para 1.718.403 em junho, de acordo com o último Boletim de FIIs da B3.

 

Na comparação com maio de 2022, quando a indústria FII atingiu 1.679.917 cotistas, o aumento verificado no mês passado foi de 2,29%.

 

 

O crescimento chama a atenção por ocorrer em um cenário de aperto monetário - alta da taxa básica de juros - pelo Banco Central. A taxa Selic está em 13,25% ao ano, o que costuma promover a migração de investidores para aplicações mais conservadoras, como a renda fixa. 

 

Os dados do boletim da B3 também surpreendem após o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários da bolsa (IFIX) ter apontado queda de 0,88% em junho e de 0,32% no 1º semestre de 2022. 

 

A maior parte dos investidores em Fundos Imobiliários ainda é formada por pessoas físicas. Segundo o levantamento, elas representam 73,8% da participação na posição em custódia – manutenção de uma ou mais cotas de Fundos Imobiliários.

 

Já os investidores institucionais respondem por 19,9% do total. Em seguida, investidores não residentes no país são 4,8%, outros [pessoas jurídicas não financeiras] representam 0,9% e as instituições financeiras detém 0,6% da fatia do mercado FII.

 

O patrimônio líquido, ou seja, o valor que corresponde aos imóveis e outros tipos de títulos que compõem as carteiras dos 436 Fundos Imobiliários listados na bolsa brasileira, está em R$ 189 bilhões em maio, de acordo com a B3.

 

Já o valor de mercado – do total de cotas negociadas na bolsa – é de R$ 143 bilhões.

 

 

Crescimento do Fiagro segue ritmo forte

 

A B3 também divulgou o relatório do mercado de Fundos de Investimentos das Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro) que apontou crescimento de 126% do número de investidores em posição de custódia.

 

No primeiro semestre de 2022, os investidores em Fiagros passaram de cerca de 30.700 em janeiro para 69.400 em junho, de acordo com o boletim.

 

Deste total, cotistas pessoas físicas respondem por 94,3%, investidores institucionais representam 4,5%, outros [pessoas jurídicas não financeiras] são 0,7%, instituições financeiras abrangem 0,4% e os investidores não residentes são 0,1%.