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    Mauá Capital e Jive fazem fusão para operar investimentos alternativos

    Gestoras criarão plataforma única para negociações com os chamados ativos estressados. Especialista Felipe Ribeiro vê maior intensidade de M&A no segmento de fundos

    Por Luciene Miranda
    sexta-feira, 13 de maio de 2022 Atualizado

    A Mauá Capital, gestora que detém três Fundos Imobiliários no mercado, anunciou a fusão com a Jive Investments para a criação de uma plataforma única focada nos chamados investimentos alternativos, ou seja, ativos considerados estressados.

     

    A Jive Investments é uma plataforma com foco na originação, aquisição e recuperação de créditos, direitos creditórios, precatórios, imóveis e outros ativos ilíquidos.

     

    Mauá Capital e Jive fazem fusão para operar investimentos alternativos
    Luiz Fernando Figueiredo, sócio fundador e CEO de Mauá, se tornará o presidente do Conselho de Administração da Jive (Foto: Divulgação)

     

    Com a operação, a nova plataforma formada pelas duas empresas vai acumular um total de R$ 13 bilhões sob gestão e mais de 350 colaboradores.

     

    O sócio fundador e CEO de Mauá, Luiz Fernando Figueiredo, se tornará o presidente do Conselho de Administração da Jive e atuará na definição da estratégia de negócios.

     

    O CIO de Mauá, Bruno Bagnariolli, será membro do Comitê Executivo da Jive e continuará à frente da gestão dos fundos hoje geridos pela Mauá. Atualmente, a gestora mantém o Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11), o Mauá Capital Hedge Fund (MCHI11) e o Mauá High Yield (MCHY11).

     

    De acordo com o comunicado, a fusão assegura a continuidade e a consistência da estratégia de investimentos dos fundos da Mauá.

     

    “Esta fusão é a união de duas empresas que já caminhavam na mesma direção e já eram complementares. A Jive ganha mais força na área imobiliária, uma vez que a Mauá é uma das referências neste setor, e aceleramos nossa estratégia em outros segmentos como infraestrutura e private equity, em que a Mauá também atua”, afirmou no comunicado Guilherme Ferreira, sócio fundador da Jive Investments.

     

    Juntas, as duas gestoras passam a responder por mais de 88 mil cotistas, entre eles investidores profissionais, qualificados e de varejo. Por enquanto, as duas marcas serão mantidas.

     

    “A Mauá tem 17 anos e, há 10 anos, atua no segmento de fundos alternativos. Desde o ano passado, tinha tomado a decisão estratégica de focar nessa área. O casamento com a Jive vem coroar essa opção”, declarou no comunicado o sócio da Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo.

     

    Em 2021, a Jive Investments recebeu um aporte de capital da XP Inc. quando já operava os primeiros três fundos fechados de ativos estressados distribuídos pela Credit Suisse para investidores profissionais.

     

    Os ativos estressados – também conhecidos como créditos podres - são créditos que não foram pagos dentro das condições adequadas devido a dificuldades graves por parte do devedor.

     

    De acordo com Felipe Ribeiro, especialista em operações de crédito estruturado e autor de livro sobre o tema, os movimentos de M&A – sigla em inglês para fusões e aquisições - ganharam força no mercado, a exemplo desta operação entre Mauá e Jive.

     

    “É um momento de alta de juros, em que os Fundos Imobiliários de tijolo – com imóveis no portfólio - não conseguem captar recursos, dando origem a um movimento forte de fundos que buscam outros fundos para fusão. E isso vai se intensificar nos próximos meses, o que é natural”, conclui.

     


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