A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi de 0,61%, abaixo da taxa de 0,71% de março e acima das projeções de mercado.

Em 2023, o IPCA tem alta de 2,72% e, nos últimos 12 meses, acumula avanço de 4,18%, abaixo dos 4,65% dos 12 meses anteriores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Em abril de 2022, o IPCA havia registrado alta de 1,06%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em abril, de acordo com o IBGE.

O grupo Saúde e cuidados pessoais teve o maior impacto e a maior variação, que foi de 1,49%.

A maior contribuição veio dos produtos farmacêuticos, que tiveram alta de 3,55%, após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março.

Em seguida, o grupo Alimentação e bebidas teve alta de 0,71%, e Transportes registrou avanço de 0,56%.

O que acontece com os Fundos Imobiliários?

Arthur Vieira de Moraes, professor de Finanças e sócio-diretor do Clube FII, lembra que o índice veio ligeiramente acima da expectativa do mercado.

“Embora a última ata da reunião do COPOM [o Comitê de Política Monetária do Banco Central] não tenha indicado que poderiam diminuir os juros em breve, havia sim uma expectativa do mercado em torno disso. Essa frustração pode gerar oscilações de curto prazo nos ativos em geral, não apenas nos Fundos Imobiliários”.

Ainda segundo Moraes em relação aos fundos, IPCA e juros altos seguirão impulsionando o rendimento dos FIIs de papel. No entanto, a contrapartida, é o aumento do risco de crédito.

“Os indicadores elevados seguram a recuperação da economia tão aguardada pelos setores produtivos e pelos fundos de tijolo”, conclui.