No mês de Dezembro de 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou um aumento de 0,56%, 0,28 ponto percentual acima da taxa registrada no mês anterior, que foi de 0,28%. Em dezembro de 2022, o índice havia registrado uma variação de 0,62%.

Todos os grupos de produtos e serviços analisados no levantamento apresentaram aumento em dezembro. O destaque foi o grupo de Alimentação e Bebidas, que registrou a maior variação (1,11%). Esse desempenho representou uma aceleração em relação ao mês anterior, quando a taxa foi de 0,63%. O segundo maior impacto veio do grupo Transportes, que teve uma elevação de 0,48%. Artigos de Residência apresentaram a segunda maior variação, com 0,76%, revertendo a queda de 0,42% registrada em novembro. O grupo Habitação desacelerou, marcando 0,34% ante os 0,48% do mês anterior. Os demais grupos situaram-se entre 0,04% (Comunicação) e 0,70% (Vestuário).

Dentro do grupo Alimentação e Bebidas, a subcategoria alimentação no domicílio teve uma alta de 1,34%, impulsionada pelos aumentos expressivos da batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). Destaque para o leite longa vida, que registrou queda pelo sétimo mês consecutivo (-1,26%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou para 0,53%, com elevações mais intensas nos itens lanche (0,74%) e refeição (0,48%) em comparação a novembro.

No grupo Habitação, a energia elétrica residencial subiu 0,54%, influenciada pelos reajustes em algumas localidades. A taxa de água e esgoto também teve alta de 0,85%, junto com o gás encanado que subiu 1,25%.

No grupo dos Transportes, a variação de 0,48% foi influenciada pelo aumento nos preços das passagens aéreas (8,87%). Todos os combustíveis pesquisados apresentaram queda de preços: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%). 

Ano de 2023

Ao longo do ano de 2023, o IPCA acumulou uma alta de 4,62%, abaixo dos 5,79% registrados no acumulado do ano de 2022.  O desempenho foi influenciado principalmente pelo grupo de Transportes, que teve uma variação de 7,14% e impacto significativo de 1,46 ponto percentual no acumulado do ano. Na sequência, Saúde e cuidados pessoais apresentaram uma variação de 6,58%, com destaque para o plano de saúde (11,52%), enquanto o grupo Habitação registrou uma variação de 5,06%, impulsionado pela energia elétrica residencial (9,52%).

No setor de Transportes, a alta da gasolina (12,09%) teve o maior impacto (0,56 ponto percentual), seguida por emplacamento e licença. Em Saúde e cuidados pessoais, o plano de saúde contribuiu com 0,43 ponto percentual, enquanto em Habitação, a energia elétrica residencial foi responsável por 0,37 ponto percentual.