IPCA sobe 0,71% em março
Inflação oficial apresentou desaceleração em relação a fevereiro. Veja qual o impacto nos Fundos Imobiliários

A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços – Amplo (IPCA) avançou 0,71% em março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em fevereiro, o índice apontou alta de 0,84%, o que demonstra uma desaceleração no indicador.

No acumulado de 12 meses, o IPCA teve alta de 4,65%, enquanto registrou avanço de 5,60% de fevereiro.
Em março de 2022, a variação foi de 1,62%.
O grupo Transportes foi o responsável pelo maior impacto (0,43 ponto percentual) e a maior variação (2,11%) na inflação oficial como consequência do preço da gasolina (alta de 8,33%), subitem com maior impacto individual no IPCA de março. O etanol também teve alta no período de 3,20%.
Saúde e cuidados pessoais (alta de 0,82%) e Habitação (alta de 0,57%) desaceleraram em relação a fevereiro.
Em contrapartida, Artigos de residência (queda de 0,27%) foi o único grupo que registrou baixa em março.
O IPCA e os Fundos Imobiliários
De acordo com Arthur Vieira de Moraes, professor de Finanças e sócio-diretor do Clube FII, a inflação veio um pouco abaixo das projeções que estavam em torno de 0,76%.
“Boa notícia, mas em geral, as projeções anuais seguem acima da meta, o que tende a levar à manutenção da taxa Selic nos patamares elevados”.
Ainda segundo Moraes, a inflação neste nível é boa para os fundos de recebíveis - com Certificados de Recebíveis Imobiliários no portfólio - tanto os que são mais indexados ao CDI quanto ao IPCA.
No entanto, o indicador não é notícia positiva para os demais FIIs com rentabilidade não vinculada ao IPCA.
“Não é bom para os fundos de tijolo – com imóveis físicos em carteira - que dependem da atividade econômica para a recuperação de preços”.