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    IPCA desacelera a 1,06% em abril

    Inflação oficial medida pelo IBGE recuou em relação a março, mas alta ainda é puxada por alimentos, bebidas e transportes

    Por Luciene Miranda
    quarta-feira, 11 de maio de 2022 Atualizado

    O índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial no país, teve alta de 1,06%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

     

    Foi a maior variação para um mês de abril desde 1996, ocasião em que registrou alta de 1,26%.

     

    IPCA desacelera a 1,06% em abril

     

    No ano, o IPCA registra alta de 4,29%. Já no acumulado de 12 meses, o indicador avança 12,13%, de acordo com o IBGE.

     

    Em abril de 2021, a variação havia sido de 0,31%.

     

    O indicador apontou uma desaceleração em relação ao mês de março, quando registrou alta de 1,62%. No entanto, o acumulado de 12 meses na leitura anterior era de 11,30%.

     

    Ainda segundo o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em abril. A maior variação - de 2,06% - veio de Alimentação e bebidas. Na sequência, o item Transportes teve alta de 1,91%. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.

     

    Habitação foi o único grupo com variação negativa em 1,14%, puxado pela queda nos preços da energia elétrica em 6,27%. Isso porque, desde 16 de abril, passou a vigorar a bandeira tarifária verde sem cobrança extra na conta de luz. Desde setembro do ano passado, estava em vigor a bandeira de Escassez Hídrica, que acrescentava R$14,20 a cada 100Kwh consumidos.

     

    De acordo com o economista do Clube FII, Thiago Otuki, o resultado já era esperado com o IPCA acumulado em 12 meses na marca dos 12% e abaixo da inflação de março.

     

    "Alguns economistas especialistas em política monetária já apontam que esse é o pico do IPCA e que, a partir de agora, vamos iniciar um processo de desaceleração. Até porque já temos um tempo desde o início da elevação da Selic e a política monetária deve começar a funcionar. O que pode mudar essa perspectiva é uma amplificação desse choque de oferta global que impacta o preço do petróleo".

     

    Ainda segundo Otuki, o cenário exige bastante atenção dos cotistas de Fundos Imobiliários.

     

    "Já comentei aqui no Clube FII News que tal cenário deve ser acompanhado de perto pelos investidores de Fundos Imobiliários. Se esse cenário ficar concreto, ou seja, inflação desacelerando e juros longos se aproximando das máximas em uma janela de 5 anos, começa a fazer sentido a alocação maior em FIIs de tijolo do que recebíveis imobiliários, principalmente para os investidores com um perfil mais arrojado", conclui.


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