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    IPCA de junho acelera para 0,67%

    Inflação oficial do mês passado supera maio quando registrou 0,47%. Acumulado de 12 meses também acelera para 11,89%. Conheça o impacto nos investimentos em Fundos Imobiliários

    Por Luciene Miranda
    sexta-feira, 8 de julho de 2022 Atualizado

    A inflação oficial no país medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) veio a 0,67% em junho, demonstrando aceleração em relação à leitura de maio que ficou em 0,47%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

     

    No ano, o índice acumula alta de 5,49% e, nos últimos 12 meses, teve avanço de 11,89%, acima dos 11,73% verificados no mês anterior.

     

    IPCA de junho acelera para 0,67%

     

    Em junho do ano passado, o IPCA havia registrado 0,53%.

     

    De acordo com o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em junho.

     

    O maior impacto veio de Alimentação e bebidas, com avanço de 0,80%, como consequência da alta dos alimentos para consumo fora do domicílio.

     

    Em seguida, os grupos Saúde e cuidados pessoais (alta de 1,24%) e Transportes (avanço de 0,57%) também pesaram no IPCA de junho.

     

    O grupo Habitação, que havia registrado queda de 1,70% em maio, passou para alta de 0,41% em junho.

     

    Já a maior variação foi de Vestuário, que subiu 1,67%.

     

    De acordo com o IBGE, o cálculo do índice foi a partir da comparação de preços coletados no período de 28 de maio a 29 de junho de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 27 de maio de 2022 (base).

     

    De acordo com o economista do Clube FII, Thiago Otuki, após o pico do IPCA anualizado de 12,13% em abril, a expectativa era pelo início de um movimento de desaceleração. No entanto, o número de junho em 0,67% deixa evidente o cenário desafiador no combate à inflação.

     

    “Isso dentro de uma avaliação mais macro, pois sempre existe dentro de cada mês fatores sazonais e o mercado já esperava esse número para junho”.

     

    Otuki lembra que havia comentado em uma live da semana passada que o mercado já projetava uma inflação persistente que só deve convergir para próximo da meta de 3,0% a partir do segundo trimestre de 2024.

     

    “Isso implica que, apesar da Selic possivelmente não ultrapassar os 14%, a taxa permanecerá nesse patamar em um período maior do que seria o normal na execução da política monetária. Parte do mercado aponta que a Selic só começa a cair a partir do segundo semestre de 2023 e de forma muito gradual”.

     

    O risco de uma taxa básica de juros mais elevada está vinculado ao possível rumo da política econômica na virada do ano, segundo o economista.

     

    No mercado de Fundos Imobiliários, Otuki observa que muitos investidores associam as alocações em FIIs de tijolo a um custo de oportunidade elevado, ou seja, menos atrativo agora na comparação com os FIIs de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) que continuam a capturar os ganhos com inflação, Selic e CDI.

     

    “Já alguns gestores com quem tenho conversado entendem que, mesmo diante desse cenário, faz sentido alocar em FIIs de tijolo. Claro que precisam ser muito bem selecionados com uma avaliação de fatores como desconto sobre valor patrimonial, localização, vacância e qualidade do gestor”.


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