IPCA avança 0,59% em outubro
Alta da inflação oficial do país interrompe sequência de três meses seguidos de recuo, segundo IBGE. Saiba o impacto no mercado de Fundos Imobiliários

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro foi de 0,59%, encerrando uma sequência de três meses em deflação, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em julho, agosto e setembro, o índice havia registrado quedas de 0,68%, 0,36% e 0,29%, respectivamente.

O IPCA tem alta de 4,70% em 2022 e, no acumulado dos últimos 12 meses, está em 6,47%.
Em outubro de 2021, o índice havia apontado aumento de 1,25%.
De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em outubro.
O maior peso do mês veio de Alimentação e bebidas que havia recuado 0,51% em setembro, mas que avançou 0,72% no mês passado.
Em seguida, vieram Saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,16%, e Transportes que subiu 0,58%.
Juntos, os três grupos - Alimentação, Saúde e Transportes - responderam por cerca de 73% do IPCA de outubro.
A maior alta do mês foi do grupo Vestuário que teve aceleração de 1,22%.
Qual o impacto nos Fundos Imobiliários?
De acordo com Felipe Ribeiro, sócio e diretor de Produtos Alternativos do Clube FII, a volta da alta da inflação favorece os Fundos Imobiliários, em especial, os fundos de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) expostos ao IPCA.
"Os fundos de CRI, na maioria, possuem uma defasagem de aproximadamente três meses entre o que eles estão pagando no mês em juros e o que os CRIs têm de inflação. Esse IPCA já era esperado e mostra que, a partir de dezembro ou janeiro dependendo do fundo, não vai ter nem mais um tipo de deflação, o que vai impactar muito positivamente nos dividendos e, consequentemente, na busca por esses fundos, o que gera um aumento das cotações", conclui.