A inflação oficial do país medida pelo IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, subiu 1,01% em fevereiro, representando uma aceleração em relação a janeiro em que o indicador apontou alta de 0,54%.

No acumulado de 12 meses, o IPCA de fevereiro ficou em 10,54%, de acordo com o IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Na opinião do economista do Clube FII, Thiago Otuki, o IPCA a 1,01% em fevereiro mostra um sinal de alerta para consumidores e investidores. É a maior variação para um mês de fevereiro desde 2015, quando o índice foi de 1,22%.

Otuki ressalta que, segundo o IBGE, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no período.

“Os economistas, agora, estão estimando qual será o impacto no IPCA após a anúncio da Petrobras”.

Ontem (10), a estatal anunciou o aumento de 19% no litro da gasolina e de 25% no litro do diesel. O reajuste já era esperado como consequência da disparada na cotação internacional do petróleo com o conflito entre Rússia e Ucrânia.

“Foi o maior reajuste dos combustíveis em duas décadas. Vamos aguardar o Boletim Focus na próxima segunda”, alertou Otuki.

E economista ainda chama a atenção para o impacto desse choque do petróleo no mercado de Fundos Imobiliários.

“Esta crise muda a decisão estratégica de alocação dos investidores de FIIs. A atratividade dos fundos de recebíveis que são indexados ao IPCA e CDI/Selic fica cada vez maior em relação aos fundos de tijolo”, conclui.