O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,35% em setembro, 0,07 ponto percentual acima da leitura de agosto que estava em 0,28%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 5,00%, acima dos 4,24% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

A maior variação e o maior impacto nessa prévia de inflação vieram do grupo de Transportes, que registrou um aumento de 2,02% em setembro. Esse aumento expressivo se deve, principalmente, ao aumento de 5,18% no preço da gasolina. Além disso, outros combustíveis também registraram elevações, como óleo diesel (17,93%) e gás veicular (0,05%), enquanto o etanol apresentou uma queda de 1,41%. As passagens aéreas tiveram uma alta de 13,29% após um declínio de 11,36% em agosto.

O grupo Habitação também contribuiu para a alta do IPCA-15 em setembro, com um aumento de 0,30%, ainda que esse valor represente uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando foi de 1,08%. 

No grupo de Saúde e cuidados pessoais, houve um aumento de 0,17%, com destaque para o aumento de 0,71% no item plano de saúde, devido aos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98.

Por outro lado, o grupo de Alimentação e bebidas apresentou uma queda de 0,77%, influenciada principalmente pela deflação nos preços dos alimentos no domicílio, com destaque para a batata-inglesa (-10,51%), cebola (-9,51%), feijão-carioca (-8,13%), leite longa vida (-3,45%), carnes (-2,73%), e frango em pedaços (-1,99%). No entanto, o arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) tiveram aumento de preços.

O IPCA-15 foi calculado com base nos preços coletados no período de 15 de agosto a 14 de setembro e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. O índice é utilizado como uma prévia da inflação oficial.