O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,28% em agosto, 0,35 ponto percentual acima da leitura de julho que estava em -0,07%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 4,24%, acima dos 3,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O grupo que mais impactou no resultado foi o de Habitação, com uma alta de 1,08%. Isso se deve, em grande parte, ao aumento significativo na energia elétrica residencial, que teve uma variação de 4,59%. Esse aumento na conta de luz foi influenciado pelo término da incorporação do Bônus de Itaipu, que era creditado nas faturas do mês anterior. Além disso, reajustes nas tarifas de energia elétrica em algumas regiões também contribuíram para esse resultado.

Em Saúde e cuidados pessoais, houve um aumento de 0,81%, impulsionado pelo aumento nos preços de itens de higiene pessoal, que passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os produtos para pele e perfumes foram os principais responsáveis por essa alta.

O setor de Educação também teve um aumento significativo, com alta de 0,71%. Esse aumento se deveu principalmente aos cursos regulares, que subiram 0,74%, com destaque para creches e ensino superior. Além disso, os cursos preparatórios e de idiomas também contribuíram para esse aumento.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram aumento em agosto. Além dos já mencionados, os grupos Despesas Pessoais (0,60%), Transportes (0,23%), Comunicação (0,04%) e Artigos de residência (0,01%) também registraram variações positivas.

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas teve uma queda de -0,65%, devido principalmente à deflação da alimentação no domicílio, que já havia registrado recuos nos meses anteriores. Itens como batata-inglesa, tomate, frango em pedaços, leite longa vida e carnes tiveram quedas significativas nos preços. As frutas, por sua vez, apresentaram aumento de preço.