IPCA-15 registra alta de 0,69% em junho
Indicador considerado prévia da inflação oficial acelera em relação a maio. O economista Thiago Otuki fala sobre o impacto no mercado de Fundos Imobiliários
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, teve alta de 0,69% em junho, com aceleração e relação a maio, quando apontou 0,62%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 registrou alta de 12,04%, ante 11,73% em junho.
Das capitais brasileiras com maior peso no indicador, os destaques são Salvador (1,16%), Recife (0,84%), São Paulo (0,79%), Brasília (0,74%) e Fortaleza (0,73%).
De acordo com o economista do Clube FII, Thiago Otuki, depois de todo o movimento de elevação da Taxa Selic e da expectativa de que o país se aproxima do final do aperto monetário, ou seja, do aumento da taxa básica de juros, todos ficam ansiosos para a divulgação do IPCA-15, IPCA e demais índices para identificar a desaceleração da inflação.
“O IPCA-15 de junho ficou acima da expectativa de mercado e teve impacto da alta dos planos de saúde. De qualquer forma, uma leitura importante é o acumulado em 12 meses que desacelerou de 12,20% para 12,04%. O consenso é de que a desaceleração mais intensa só ocorra a partir de 2023”.
No mercado de Fundos Imobiliários, o economista afirma que continuamos com resultados acima da média na distribuição de rendimentos no segmento de recebíveis imobiliários.
Otuki enfatiza a importância do investidor sempre lembrar que parte significativa dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) é indexada ao IPCA.
“Nos FIIs de tijolo, muitos investidores também ficam na expectativa desse repasse do IPCA para o aluguel cobrado dos locatários dos imóveis. Claro que isso depende muito do segmento e de qual fase do ciclo imobiliário se encontra”, conclui.