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    IPCA-15 apresenta deflação de 0,73%

    Recuo do índice considerado a prévia da inflação oficial teve impacto da queda nos preços dos combustíveis. Veja as dicas do economista Thiago Otuki para quem investe em Fundos Imobiliários

    Por Luciene Miranda
    quarta-feira, 24 de agosto de 2022 Atualizado

    O índice considerado a prévia da inflação oficial, o IPCA-15, apontou deflação de 0,73% em agosto, após ter registrado alta de 0,13% de julho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

     

    A taxa foi a menor da série histórica iniciada em novembro de 1991.

     

    IPCA-15 apresenta deflação de 0,73%

     

    No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,02%. Em 12 meses, o acumulado é de 9,60%, demonstrando recuo em relação aos 11,39% registrados no mesmo período verificado em julho.

     

    O IPCA-15 de agosto de 2021 foi de 0,89%.

     

    Ainda segundo o IBGE, houve variações positivas em seis dos nove grupos pesquisados.

     

    O destaque ficou com o grupo Transportes com queda de 5,24%, após o recuo nos preços dos combustíveis em 15,33%.

     

    O grupo Habitação caiu 0,37% e Comunicação apresentou baixa de 0,30%.

     

    Já os destaques de alta foram de Alimentação e bebidas, com avanço de 1,12%, e os grupos Saúde e cuidados pessoais e Despesas pessoais que subiram 0,81%.

     

    De acordo com o economista do Clube FII, Thiago Otuki, o mercado já esperava uma deflação e o debate entre os investidores de Fundos Imobiliários é se faz sentido continuar alocando recursos no segmento de recebíveis imobiliários, os chamados fundos de papel.

     

    “Depois de dois anos com rendimentos turbinados pela inflação elevada, o mercado especula o quanto será a redução na distribuição desses fundos nos próximos meses”.

     

    Ainda segundo Otuki, nas últimas semanas, houve um movimento mais forte de compra nos FIIs de tijolo, ou seja, aqueles com imóveis em carteira.

     

    “Muitos levantam a tese de que é melhor buscar fundos com desconto sobre o valor patrimonial de tijolo do que aumentar posição em fundos de papel”.

     

    O economista diz que vê a queda no IPCA como algo pontual, ou seja, a inflação ainda é um grande desafio para o Brasil e também aos países desenvolvidos.

     

    Além da inflação persistente aqui, a taxa Selic – taxa básica de juros - deve permanecer elevada até o segundo semestre de 2023.

     

    “Apesar do recuo dos preços de Transportes, houve alta para Saúde e cuidados pessoais, Despesas pessoais, Educação e Alimentação e bebidas. Dentro desse contexto, vejo que sair totalmente do segmento de recebíveis é uma estratégia arriscada. Na minha visão, uma carteira equilibrada entre vários segmentos é o mais adequado”, conclui.


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