Agora pela manhã, foi divulgada a prévia da inflação oficial no país medida pelo IPCA-15 para o mês de dezembro. O índice apontou desaceleração a 0,78% e fecha o ano em 10,42%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na leitura prévia de novembro, o indicador havia apontado avanço de 1,17% e acumulado de 12 meses em 10,73%.

Segundo o economista do Clube FII, Thiago Otuki, o IPCA é um índice muito importante para o investidor de fundos imobiliários.

“Muitos fundos imobiliários de recebíveis têm títulos indexados ao IPCA o que impacta, em poucos meses, os rendimentos distribuídos”, explica Otuki.

O economista também destacou que, como prévia do índice de inflação mais importante no Brasil, é o IPCA-15 que direciona o sistema de metas de inflação - política monetária utilizada por vários países.

“Apesar da alta de 0,78% em dezembro, o acumulado do ano é de 10,42%, ou seja, bem acima da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta de 2021 é de 3,75% com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos”, lembrou Otuki.

O ‘estouro’ da meta de inflação é que levou o Banco Central a realizar os sucessivos aumentos da Taxa Selic de 2,0% para 9,25% ao longo do ano, lembrou Otuki. Ele afirma que a expectativa de mercado é da Taxa Selic em 11,25% em 2022.

“Grande parte da queda do IFIX esse ano é derivada dessa elevação da taxa básica de juros e consequente aumento nos juros de longo prazo”, afirmou.