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    Índice dos fundos imobiliário supera a pandemia da COVID-19

    Com 12 pregões seguidos de alta, índice supera as cotações de 11 de janeiro de 2020, quando foi OMS declarou a pandemia

    Por Nathan Octavio Dias Duarte Rodrigues
    sábado, 20 de agosto de 2022 Atualizado

    Foram 892 dias. Em 11 de março de 2020, o IFIX abria as negociações aos 2.901,82 pontos. Nesse mesmo dia, a Organização Mundial de Saúde, OMS, elevava ao grau de pandemia a SARS-CoV-2, doença causada pela até então quase desconhecida variante do coronavírus. Quase simultaneamente, o Brasil confirmava seus primeiros casos e vários estados e municípios implementavam medidas de lock-down. Ao longo dos dias seguintes, o fechamento dos shoppings e a implantação massiva de home-office levaram a um clima de forte desconfiança sobre os fundos imobiliários. Na manhã de 19 de março, o IFIX marcava 1.883,17, uma queda de mais de 35% em oito dias e revertendo os ganhos dos cinco anos anteriores.

     

    E, na última segunda-feira, o principal índice dos fundos imobiliários ultrapassou pela primeira vez as cotações desde a decretação da pandemia. E, na sexta-feira, encerrou as negociações aos 2.933,16 pontos, depois de 12 pregões seguidos de ganhos. A valorização foi de 1,82% na semana, de 4,99% nos últimos 30 dias e de 8,64% em um ano.

     

    Dos 106 fundos que fazem parte da carteira teórica do índice, mais da metade (59) tiveram ganhos de mais 1% na semana; e apenas 6 tiveram quedas de mais 1%. Entre os segmentos, a categoria das lajes comerciais foi o destaque positivo: todos os 11 fundos tiveram ganhos de mais de 0,5% na semana, numa média de quase 5%.

     

    Segmento #Fundos Alta Alta Leve Estável Queda Leve Queda
    Recebíveis Imobiliários 39 13 7 13 4 2
    Logisticos 17 12   4   1
    Fundo de Fundos 17 11 2 3   1
    Lajes Comerciais 11 9 2      
    Híbrido 9 4 2 1 1 1
    Shopping/Varejo 5 5        
    Agronegócio 4 2   2    
    Educacional 1 1        
    Agencias Bancárias 1 1        
    Outros 1         1
    Incorporação Residencial 1 1        
    Total Geral 106 59 13 23 5 6

     

    Apesar de quatro fundos de escritórios figurarem na lista dos cinco que mais se valorizaram na semana, a liderança ficou com um fundo do agronegócio. O BTRA11, BTG Pactual Terras Agrícolas, se valorizou 15,44%. No fechamento do mercado de terça-feira, o fundo divulgou uma boa notícia acerca do processo envolvendo a recuperação judicial dos superficiários da Fazenda Vianmancel: o credor que levantou a hipótese de fraude a execução na venda do imóvel ao fundo anexou petições a todos os processos, informando que aceitou os argumentos apresentados pelo fundo, reconhecendo sua propriedade.  Mesmo com os ganhos da semana, o fundo ainda negocia com cerca de 9% de desconto sobre seu valor patrimonial.

     

    Fundo Nome Segmento Variação
    BTRA11 BTG Pactual Terras Agrícolas Agronegócio +15,44%
    BRCR11 BTG Pactual Corporate Office Fund Lajes Comerciais +9,89%
    RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Lajes Comerciais +8,37%
    GTWR11 Green Towers Lajes Comerciais +7,76%
    XPPR11 XP Properties Lajes Comerciais +6,44%

     

    Já o fundo CARE11, Brazilian Graveyard and Deathcare, encerrou as negociações da semana aos R$ 4,20, uma queda de 10,45%. Apesar de não ter divulgado nenhuma informação relevante na semana, o fundo vem apresentando uma volatilidade muito grande nos últimos meses, frequentemente figurando entre maiores altas e maiores quedas. O fundo não faz qualquer distribuição de rendimentos há quase 12 meses, e negocia a preços que são cerca de metade do seu valor patrimonial.

     

    Fundo Nome Segmento Variação
    CARE11 Brazilian GraveyardDeath Care Outros -10,45%
    ARCT11 Riza Arctium Real Estate Logisticos -2,12%
    HSAF11 HSI Ativos Financeiros Recebíveis Imobiliários -1,49%
    SNFF11 Suno Fundo de Fundos Fundo de Fundos -1,43%
    TORD11 Tordesilhas EI Híbrido -1,33%

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